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22/09/2000
-
10h33
enviado especial da Folha a Águas de Lindóia
Os índios brasileiros precisam tomar cuidado com a dieta. Estudo feito em indivíduos de quatro etnias diferentes no Mato Grosso e em Rondônia mostra que essas populações estão geneticamente predispostas à obesidade.
A pesquisa foi feita por um grupo de cientistas do Departamento de Genética da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), e publicada em maio na revista "Human Genetics".
O líder do grupo, Francisco Mauro Salzano, apresentou os resultados na terça, durante o 46º Congresso Nacional de Genética, que se encerra amanhã em Águas de Lindóia, São Paulo.
Os pesquisadores analisaram o DNA e três parâmetros de medida corporal em indivíduos das etnias suruí, gavião e zoró, de Rondônia (pertencentes ao tronco linguístico tupi), e nos xavantes do cerrado mato-grossense.
Os pesquisados tiveram medidos seu índice de massa corporal, a espessura das pregas da pele do braço e o perímetro total do braço. Essas medidas são usadas por médicos para avaliar obesidade.
Eles notaram que os que tinham as medidas acima da média tinham alta frequência de uma variante de gene que produz uma proteína receptora de colesterol.
"Constatamos que havia uma maior tendência à obesidade nos portadores dessa variante", disse à Folha a geneticista Mara Hutz, principal autora do estudo.
"São dados que podem ter importância epidemiológica grande", disse Salzano. "Eles indicam o risco que os índios correm com eventuais mudanças de dieta provocadas pela aculturação."
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Indígenas têm tendência a obesidade
CLAUDIO ANGELOenviado especial da Folha a Águas de Lindóia
Os índios brasileiros precisam tomar cuidado com a dieta. Estudo feito em indivíduos de quatro etnias diferentes no Mato Grosso e em Rondônia mostra que essas populações estão geneticamente predispostas à obesidade.
A pesquisa foi feita por um grupo de cientistas do Departamento de Genética da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), e publicada em maio na revista "Human Genetics".
O líder do grupo, Francisco Mauro Salzano, apresentou os resultados na terça, durante o 46º Congresso Nacional de Genética, que se encerra amanhã em Águas de Lindóia, São Paulo.
Os pesquisadores analisaram o DNA e três parâmetros de medida corporal em indivíduos das etnias suruí, gavião e zoró, de Rondônia (pertencentes ao tronco linguístico tupi), e nos xavantes do cerrado mato-grossense.
Os pesquisados tiveram medidos seu índice de massa corporal, a espessura das pregas da pele do braço e o perímetro total do braço. Essas medidas são usadas por médicos para avaliar obesidade.
Eles notaram que os que tinham as medidas acima da média tinham alta frequência de uma variante de gene que produz uma proteína receptora de colesterol.
"Constatamos que havia uma maior tendência à obesidade nos portadores dessa variante", disse à Folha a geneticista Mara Hutz, principal autora do estudo.
"São dados que podem ter importância epidemiológica grande", disse Salzano. "Eles indicam o risco que os índios correm com eventuais mudanças de dieta provocadas pela aculturação."
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