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28/02/2001 - 13h44

Gastos com proteção do meio ambiente devem dobrar até 2010

da France Presse, em Paris

Os países ricos poderão ter que dobrar os gastos destinados à proteção do meio ambiente até 2010, para lutar contra o aquecimento do planeta. Essa é conclusão da versão preliminar de um documento, que é analisado a partir de hoje em Acra, capital de Gana.

A reunião de Acra, organizada pelo GIEC (Grupo Intergovernamental sobre a Evolução do Clima), que reúne experts em questões climáticas com o patrocínio da ONU, adotará um resumo titulado 'Mudança climática: a limitação dos danos' que será publicado no dia 5 de março. Participam do evento, mais de 300 pessoas, entre membros do GIEC e representantes dos governos.

Segundo o último projeto desse resumo, a redução das emissões de gás de efeito estufa poderiam custar aos países ricos 1% ou 2% de seus Produtos Interno Bruto (PIB) até 2010. A esse número se acrescentaria de 1% a 2% do PIB, já destinados atualmente à proteção do ambiente pela maioria dos países desenvolvidos.

O projeto de texto se refere ao protocolo de Kyoto, que impõe cotas de redução de CO2 (dióxido de carbono) e outros gases de efeito estufa em 38 países ocidentais e do leste europeu.

A aplicação desse acordo internacional de 1997 está bloqueada porque os países que assinaram não entraram em acordo sobre as modalidades do mesmo.

Os custos de sua aplicação para os países ocidentais variam enormemente (em até 100%), se puderem ou não mudar as permissões de emissão.

Para os ex-países comunistas do leste da Europa, que terão margens importantes por causa do fechamento de suas fábricas mais poluidoras, a aplicação do protocolo pode ser benéfica, já que poderão aumentar o PIB, reciclando o produto de suas vendas de permissões de emissão em investimentos produtivos.

O texto também aborda a questão das florestas e terras agrícolas, consideradas "absorvedores de carbono". Estes oferecem, segundo os experts, uma potencial e importante redução das emissões de gases de efeito estufa, com a condição de que seja incentivada a substituição de energias fósseis (principalmente carbono e petróleo) por energias procedentes da biomassa (vegetais e resíduos vegetais).

O custo das medidas de maior ou menor recurso para os "absorvedores de carbono" têm papel fundamental nas negociações internacionais sobre a aplicação do protocolo de Kyoto, que serão reiniciadas no meio do ano na Alemanha, depois do fracasso da conferência de Haia, em novembro passado.
 

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