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08/03/2001
-
03h59
Mulheres HIV-positivas apresentam sintomas da Aids com menor número de partículas virais no sangue do que os homens. Esse achado poderá levar a mudanças na orientação do tratamento de mulheres com o vírus.
A orientação atual, que não leva em consideração o sexo do paciente e que recomenda a terapia só quando o vírus atinge 20 mil partículas por mililitro de sangue, exclui quase dois terços das mulheres infectadas com o HIV, segundo estudo publicado hoje na revista médica dos EUA "New England Journal of Medicine".
"Considerando que o tratamento deve ser iniciado quando a carga viral atinge 20 mil cópias por mililitro, 74% dos homens no nosso estudo seriam elegíveis para a terapia no começo da doença, mas apenas 37% das mulheres", informa Timothy Sterling, da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Anthony Fauci, diretor do setor de doenças infecciosas e alérgicas dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde), nos Estados Unidos, afirma que os resultados são importantes "porque muitos novos casos estão ocorrendo em mulheres e principalmente em mulheres que pertencem a minorias".
O estudo durou 11 anos e avaliou 156 homens e 46 mulheres, todos usuários de drogas, cujo teste de sangue foi positivo para a contaminação com HIV.
Os pesquisadores encontraram 78 mil partículas virais por mililitro de sangue em 29 homens que desenvolveram a doença, mas somente 17 mil partículas em 15 mulheres que ficaram doentes.
Entre os homens, a carga viral ajudou os médicos a prever quais seriam as chances das pessoas ficarem doentes. Mas até agora, os médicos ainda não haviam estudado se as mulheres seguiriam o mesmo padrão masculino e se a mesma quantidade de vírus seria capaz de provocar a doença.
"Apesar das diferenças de carga viral entre homens e mulheres, à medida que o tempo passa, tanto homens quanto mulheres têm chances similares de desenvolver a Aids", disse Sterling.
E, embora a quantidade de vírus no sangue não aumente tão rapidamente nas mulheres como nos homens, o suprimento de células CD4 (os "soldados" do sistema imunológico, que combatem a infecção) decai tão rápido nelas quanto nos homens.
Mulheres desenvolvem Aids com menos HIV
da Reuters, nos EUAMulheres HIV-positivas apresentam sintomas da Aids com menor número de partículas virais no sangue do que os homens. Esse achado poderá levar a mudanças na orientação do tratamento de mulheres com o vírus.
A orientação atual, que não leva em consideração o sexo do paciente e que recomenda a terapia só quando o vírus atinge 20 mil partículas por mililitro de sangue, exclui quase dois terços das mulheres infectadas com o HIV, segundo estudo publicado hoje na revista médica dos EUA "New England Journal of Medicine".
"Considerando que o tratamento deve ser iniciado quando a carga viral atinge 20 mil cópias por mililitro, 74% dos homens no nosso estudo seriam elegíveis para a terapia no começo da doença, mas apenas 37% das mulheres", informa Timothy Sterling, da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Anthony Fauci, diretor do setor de doenças infecciosas e alérgicas dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde), nos Estados Unidos, afirma que os resultados são importantes "porque muitos novos casos estão ocorrendo em mulheres e principalmente em mulheres que pertencem a minorias".
O estudo durou 11 anos e avaliou 156 homens e 46 mulheres, todos usuários de drogas, cujo teste de sangue foi positivo para a contaminação com HIV.
Os pesquisadores encontraram 78 mil partículas virais por mililitro de sangue em 29 homens que desenvolveram a doença, mas somente 17 mil partículas em 15 mulheres que ficaram doentes.
Entre os homens, a carga viral ajudou os médicos a prever quais seriam as chances das pessoas ficarem doentes. Mas até agora, os médicos ainda não haviam estudado se as mulheres seguiriam o mesmo padrão masculino e se a mesma quantidade de vírus seria capaz de provocar a doença.
"Apesar das diferenças de carga viral entre homens e mulheres, à medida que o tempo passa, tanto homens quanto mulheres têm chances similares de desenvolver a Aids", disse Sterling.
E, embora a quantidade de vírus no sangue não aumente tão rapidamente nas mulheres como nos homens, o suprimento de células CD4 (os "soldados" do sistema imunológico, que combatem a infecção) decai tão rápido nelas quanto nos homens.
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