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08/03/2001
-
13h23
As autoridades do programa espacial russo, que dirigirão em meados de março a operação de destruição da estação espacial Mir afirmam hoje que os riscos de ocorrer um acidente são mínimos, mas não que todo o perigo esteja completamente descartado.
"Os riscos são mínimos, menos de um por cento, mas não podemos excluir completamente todo o perigo, levando-se em conta que estamos diante de material técnico que pode sofrer avarias", declarou um dos encarregados da operação, Viktor Blagov.
Seu colega Vladimir Soloviev havia previsto em meados de fevereiro que o risco de queda incontrolada da Mir, durante a operação era de "2% a 3%".
Esta é a primeira vez que um aparelho como a Mir, que pesa 137 toneladas, será retirado de órbita. Seus antecedentes, Skylab (norte-americano) e Saliut-7 (russo), terminaram seus vôos caindo de maneira incontrolada, mas as quedas não provocaram acidentes.
Espera-se que cerca de 1.500 pedaços da estação, que no total pesarão aproximadamente 20 toneladas, caiam no sul do Pacífico, entre a Nova Zelândia e o Chile, em uma área de 200 km de largura por 6.000 km de comprimento, que já é chamada de "cemitério de naves espaciais".
"Prevemos que a Mir caia entre 46 e 48 graus de latitude sul", afirmou Blagov.
Alguns desses pedaços terão até 700 quilos, ou seja o peso de um automóvel, e cairão sobre a Terra a uma velocidade que lhes permitiria "atravessar um muro de concreto de dois metros de espessura", segundo o diretor da Agência Espacial Russa, Yuri Koptev.
A queda da Mir será acompanhada com muita atenção pelos países estrangeiros, entre eles o Japão, que teme que a Mir atravesse seu espaço aéreo durante a queda, e a Austrália, cujas autoridades prepararam planos de intervenção de urgência, no caso de a destruição da Mir não se desenvolver da maneira como está previsto.
A data precisa da operação será conhecida três dias antes, já que depende da densidade da atmosfera, que é difícil de prever.
Uma nave da classe Progress acoplada à estação desde o final de janeiro dará a esta três impulsos "mortais". Os dois primeiros corrigirão a órbita da Mir e o terceiro enviará a estação em direção à Terra. Este último impulso será dado quando a Mir estiver sobre a Rússia.
Em sua trajetória, a estação passará depois sobre a China e, sem sobrevoar o território japonês, terminará no sul do Pacífico, segundo Blagov.
A queda não deve durar mais de meia hora. "A única coisa que pode prejudicar o bom desenvolvimento da operação é uma perda de orientação da estação em relação ao sol", afirmou o porta-voz da Agência Espacial Russa, Serguei Gorbunov. A Mir teve esse problema em janeiro passado.
A estação deve estar em situação estável quando receber o último impulso, caso contrário "corremos o risco de que ela tenha outra trajetória e que não caia no local previsto", disse Gorbunov.
Porém, Viktor Blagov descartou a possibilidade de que tal problema possa acontecer, explicando que a "Mir possui um computador de auxílio encarregado de estabilizar a estação".
Riscos de acidente na destruição da Mir são mínimos, diz Rússia
da France Presse, em MoscouAs autoridades do programa espacial russo, que dirigirão em meados de março a operação de destruição da estação espacial Mir afirmam hoje que os riscos de ocorrer um acidente são mínimos, mas não que todo o perigo esteja completamente descartado.
"Os riscos são mínimos, menos de um por cento, mas não podemos excluir completamente todo o perigo, levando-se em conta que estamos diante de material técnico que pode sofrer avarias", declarou um dos encarregados da operação, Viktor Blagov.
Seu colega Vladimir Soloviev havia previsto em meados de fevereiro que o risco de queda incontrolada da Mir, durante a operação era de "2% a 3%".
Esta é a primeira vez que um aparelho como a Mir, que pesa 137 toneladas, será retirado de órbita. Seus antecedentes, Skylab (norte-americano) e Saliut-7 (russo), terminaram seus vôos caindo de maneira incontrolada, mas as quedas não provocaram acidentes.
Espera-se que cerca de 1.500 pedaços da estação, que no total pesarão aproximadamente 20 toneladas, caiam no sul do Pacífico, entre a Nova Zelândia e o Chile, em uma área de 200 km de largura por 6.000 km de comprimento, que já é chamada de "cemitério de naves espaciais".
"Prevemos que a Mir caia entre 46 e 48 graus de latitude sul", afirmou Blagov.
Alguns desses pedaços terão até 700 quilos, ou seja o peso de um automóvel, e cairão sobre a Terra a uma velocidade que lhes permitiria "atravessar um muro de concreto de dois metros de espessura", segundo o diretor da Agência Espacial Russa, Yuri Koptev.
A queda da Mir será acompanhada com muita atenção pelos países estrangeiros, entre eles o Japão, que teme que a Mir atravesse seu espaço aéreo durante a queda, e a Austrália, cujas autoridades prepararam planos de intervenção de urgência, no caso de a destruição da Mir não se desenvolver da maneira como está previsto.
A data precisa da operação será conhecida três dias antes, já que depende da densidade da atmosfera, que é difícil de prever.
Uma nave da classe Progress acoplada à estação desde o final de janeiro dará a esta três impulsos "mortais". Os dois primeiros corrigirão a órbita da Mir e o terceiro enviará a estação em direção à Terra. Este último impulso será dado quando a Mir estiver sobre a Rússia.
Em sua trajetória, a estação passará depois sobre a China e, sem sobrevoar o território japonês, terminará no sul do Pacífico, segundo Blagov.
A queda não deve durar mais de meia hora. "A única coisa que pode prejudicar o bom desenvolvimento da operação é uma perda de orientação da estação em relação ao sol", afirmou o porta-voz da Agência Espacial Russa, Serguei Gorbunov. A Mir teve esse problema em janeiro passado.
A estação deve estar em situação estável quando receber o último impulso, caso contrário "corremos o risco de que ela tenha outra trajetória e que não caia no local previsto", disse Gorbunov.
Porém, Viktor Blagov descartou a possibilidade de que tal problema possa acontecer, explicando que a "Mir possui um computador de auxílio encarregado de estabilizar a estação".
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