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16/03/2001 - 20h40

Técnicos russos testam controles para destruição da Mir

da Reuters, em Moscou

Os técnicos que monitoram a estação espacial russa Mir disseram hoje que todos os sistemas da estação estão prontos para a destruição do complexo orbital na próxima semana, como havia sido programado.

Os técnicos verificaram todos os sistemas de controle da nave cargueiro "Progress" que está acoplada à estação e disseram que está tudo pronto para que a estação seja destruída entre os dias 21 e 22 de março.

Outrora a glória do programa espacial soviético, a Mir será lançada em uma descida controlada em direção à atmosfera terrestre. Os fragmentos que não se desintegrarem durante a descida devem cair no Oceano Pacífico por volta do dia 22 de março.

Os responsáveis pela missão dizem que os especialistas testaram os sistemas de controle da Progress, nave cargueiro que foi acoplada à Mir em janeiro deste ano, dando início ao programa de destruição da estação. A Progress ajudará a orientar a estação na descida no caso de outros controles não funcionarem.

Um porta-voz do controle da missão, em Moscou, disse que o Progress "atuará como uma espécie de rebocador para frear a estação".

O controle de sistema da Progress funcionará como um backup a ser usado se os principais sistemas da Mir falharem, o que, segundo especialistas, poderia ocorrer se a bateria solar perder sua orientação — provocando uma queda repentina de energia — ou se ocorrerem problemas no computador central da Mir.

De acordo com o controle da missão, especialistas também teriam testado o computador central da Mir.

A estação de 400 toneladas foi considerada hermética, com níveis normais de temperatura e fluxo de eletricidade da bateria solar estável. "Até agora, tudo está pronto", afirmou o porta-voz.

Segundo relatos da agência de notícias russa Interfax, o controle de missão informou que a altitude da estação caiu 2,5 km nas últimas 24 horas e a Mir estava orbitando a cerca de 236 km acima da atmosfera.

Espera-se que a estação atinja 220 km, altitude em que a operação de destruição deve começar — o que deve acontecer entre 21 e 22 de março. Cerca de 1.500 fragmentos — somando 40 toneladas — podem alcançar a Terra, alguns deles a velocidades suficientemente altas para romper uma parede de dois metros de concreto.

Em sua órbita final, a Mir deve sobrevoar o Japão e a Austrália antes de se espatifar em algum ponto do Pacífico entre a Nova Zelândia e o Chile, distante das principais vias aéreas e marítimas. Concebida para operar por apenas três anos, a Mir foi mantida no espaço por 15 anos, durante os quais sofreu uma série de problemas, como uma colisão e um incêndio.

Em dezembro do ano passado, engenheiros que estavam na Mir chegaram a perder o controle da estação por alguns momentos quando suas baterias falharam.
 

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