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23/03/2001 - 04h26

Ex-comandante diz que decisão de derrubar Mir foi técnica

das agências internacionais

A decisão de derrubar a estação espacial Mir foi majoritariamente técnica, não financeira. Quem deu a entender isso foi Vladimir Solovyov, o primeiro comandante da estação. Em entrevista coletiva, o cosmonauta disse que o comportamento cada vez mais errático da estação assinou sua sentença de morte.

"Há cerca de um ano, começamos a notar algumas falhas significativas acumulando. Não podíamos evitar o que estava acontecendo e não sabíamos como repará-la", disse Solovyov.

No mês passado, um grupo de parlamentares russos, fez um apelo para que a estação não fosse destruída, pois entendia que a decisão havia sido tomada levando em conta apenas a falta de recursos da Rússia para manter a Mir em órbita.

A estação de 15 anos havia sido projetada originalmente para durar 3. Sua destruição hoje leva de roldão vários objetos acumulados dentro do complexo ao longo desse período. Entre eles, alguns livros religiosos, como o Alcorão e a Bíblia, uma foto do primeiro homem a fazer um vôo orbital, o cosmonauta Yuri Gagarin, e até fungos mutantes.

Os destroços da estação espacial Mir afundaram no sul do oceano Pacífico por volta de 3h30 (horário de Brasília) e encerraram o espetáculo da reentrada da estação espacial na atmosfera terrestre, dando fim aos 15 anos de vida útil do primeiro complexo orbital construído pelo homem.

A queda da Mir iniciou às 2h07, quando o foguete Progress acoplado à estação acionou os propulsores pela última vez, freando a órbita da estrututa e fazendo com que ela cedesse à gravidade.
 

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