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30/03/2001 - 13h32

Para governo japonês, EUA devem seguir acordo sobre efeito estufa

da Reuters, em Tóquio

O premiê do Japão, Yoshiro Mori, juntou-se hoje a vários líderes mundiais para protestar contra a decisão do presidente norte-americano, George W. Bush, de abandonar o tratado sobre o aquecimento global.

Mori escreveu uma carta a Bush depois de o presidente norte-americano ter dito, nesta semana, que não iria mais dar apoio ao acordo internacional firmado em Kyoto, no Japão, em 1997, e que prevê cortes na emissão de gases que provocam o efeito estufa. Segundo o dirigente dos EUA, tal documento não interessava economicamente a seu país.

Na carta, o premiê japonês mostrou-se preocupado com o impacto da decisão de Bush sobre os esforços para deter o aquecimento global, disse o principal porta-voz do governo, Yasuo Fukuda.

"Estamos muito preocupados com a consequência, sobre as medidas de combate ao aquecimento global, dessa decisão", afirmou Mori na carta. "Esperamos que os EUA participem da próxima rodada de negociações e concordem com o tratado", escreveu.

O líder japonês referia-se à próxima rodada de conversações prevista para ocorrer em julho em Bonn, na Alemanha.

Bush rejeitou unilateral e definitivamente o tratado de Kyoto, afirmando que não daria apoio a uma medida que feriria a economia dos EUA e seus trabalhadores.

"Nossa economia diminuiu o ritmo (de crescimento)", afirmou o presidente norte-americano ontem, durante reunião com o chanceler alemão, Gerhard Schroeder.

"Também enfrentamos uma crise no setor energético. E a idéia de limitar a emissão de gás carbônico (um dos principais responsáveis pelo efeito estufa) não faz sentido economicamente para os EUA", afirmou.

Os três partidos que integram a coalizão governista do Japão disseram que iriam enviar "em breve" para Washington uma delegação que tentaria persuadir o governo de Bush a ratificar o tratado.
 

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