Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/04/2001 - 22h56

Rússia promete assinar tratado do clima se puder vender cotas

da France Presse, em Moscou

A União Européia acredita ter recebido hoje a garantia de que a Rússia assinará o protocolo de Kyoto, que estabelece metas para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.

Moscou disse, no entanto, que também espera garantias sobre o mecanismo de cotas antes de ratificar o acordo.

"Os russos nos deram garantias de 100% de seu compromisso com o protocolo de Kyoto", afirmou o ministro sueco do meio ambiente, Kjell Larsson, cujo país tem a atual presidência rotativa da UE.

O ministério russo de Desenvolvimento e Comércio deu a entender em um comunicado que a Rússia espera "uma aproximação de posições com a UE" sobre a questão das cotas e da "cessão de direitos sobre emissão" dos gases causadores do efeito estufa, responsável pelo efeito global.

A declaração foi uma referência à proposta do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), que permite a países pobres "venderem" suas cotas de emissão a países industrializados. O MDL é criticado por ambientalistas, que vêem nele um subterfúgio para os grandes poluidores do mundo, como os EUA, escaparem à obrigação de reduzir suas emissões.

"Levando em conta nossa situação financeira, decidimos participar do protocolo de Kyoto, com a confiança de que encontraremos recursos para injetar em nossa economia", declarou o diretor da Agência Meteorológica Russa, Alexandre Bedritski. Segundo ele, o Japão estaria interessado na compra das cotas de emissão russas.

A questão deve ser discutida na cúpula da ONU em Bonn, na Alemanha, em julho.

Firmado em 1997, o protocolo de Kyoto obriga 38 países envolvidos a cortar em média 5,2% das suas emissões de gás carbônico (CO2) e outros gases causadores do efeito estufa até 2010, calculando o total em relação ao que era emitido em 1990.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página