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Nobel de Medicina premiou uso de "ratos-laboratório"
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da France Presse, em Paris
O Nobel de Medicina premiou nesta segunda-feira (8) o uso de ratos geneticamente modificados que servem como verdadeiros laboratórios vivos para a pesquisa de doenças humanas, como o câncer, o mal de Alzheimer e de Parkinson.
Esses ratos, que tiveram um gene neutralizado pelos pesquisadores, servem como animais-modelo afetados por doenças genéticas semelhantes às do homem, entre elas a fibrose cística e a anemia mediterrânea.
Eles também são utilizados como cobaias em testes para novos medicamentos.
"Isso está revolucionando o estudo das funções dos genes", comemora o pesquisador Daniel Metzger. "A partir do momento em que se consegue reproduzir as mutações (anomalias ou mudanças) que existem no homem, é possível fazer animais-modelo de forma específica", completa o cientista.
"Isso não teria sido possível se Martin Evans não tivesse identificado as células-tronco embrionárias (CSE)", explica o neurobiólogo Marc Peschanski.
Por essas pesquisas, o britânico Evans recebeu o Nobel de Medicina juntamente com os americanos Mario Capecchi e Oliver Smithies.
As pesquisas dos três permitem também que "se vá ainda mais longe, modificando um gene em um rato de uma idade determinada, em um órgão específico, o que se aproxima ainda mais das condições reais de uma doença em um homem", conclui Metzger.
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