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19/04/2001 - 17h18

Ativista francês defende ações ilegais no combate a transgênicos

da France Presse, em Quebec, Canadá

O dirigente da Confederação dos Trabalhadores Rurais da França, José Bové, que está em Quebec para protestar na Cúpula das Américas, fez um apelo para que manifestantes lutem na legalidade ou não para impedir a venda e a produção de alimentos transgênicos.

Bové afirmou que apoia o combate de todas as maneiras possíveis, inclusive ilegalmente, aos transgênicos. "Há que abandonar o discurso e atuar. Temos que destruir as plantações de transgênicos, atacar os laboratórios que fabricam estas sementes da morte, há que atacar os centros das empresas multinacionais Monsanto e Novartis, não deixar que respirem nem por cinco minutos", afirmou ele, em frente ao Ministério da Agricultura de Quebec, onde mais de 300 jovens faziam um piquenique de protesto.

De acordo com dirigente francês, os militantes não podem ter medo de combater os trangênicos fora da legalidade.

"Na França (...) entramos nos depósitos da empresa Novartis e destruímos todo o estoque de sementes que encontramos. Não queimamos o material mas o inutilizamos ao misturá-lo com grãos de milho comuns. Eu lhes encorajo a fazer a mesma coisa. A encontrar todos os lugares onde esta firma guarda suas sementes e deixá-las inutilizáveis de todas as maneiras possíveis", agregou.
"Todas as formas de combate são possíveis, cada um que utilize as que lhe pareçam melhores", disse Bové em seu discurso.

O piquenique, organizado pelo movimento "Barriga de resistência da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas)", reuniu integrantes do Movimento dos Sem-Terra do Brasil (MST), Greenpeace, Ação Genética (a favor de etiquetar todos os alimentos transgênicos) e os amigos da Terra de Quebec.

Todos almoçaram sanduíches de broto de soja acompanhados de feijão preto, chips de tortilla feitos de milho, amendoím e frutas secas enquanto ouviam os oradores.

Neste fim de semana, os manifestantes continuarão seus protestos durante a celebração da Cúpula, que reunirá 34 chefes de estado e de governo do continente.

 

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