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20/04/2001 - 21h49

Poluição em São Paulo será medida com auxílio de raio laser

da Folha Online

Um grupo de pesquisadores do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), ligado à USP vai usar a tecnologia de raios laser para medir a poluição em São Paulo.

Com um facho de luz varrendo o céu, poderão ser alterados os métodos usados nos processo de medição de poluição no Brasil. Observadores atentos puderam vê-lo em meados de outubro passado perto do campus da USP (Universidade de São Paulo, durante os testes de um grupo de pesquisadores.

Trata-se de um radar de feixe de laser desenvolvido pioneiramente no país desde 1995 pelo projeto Programa de Desenvolvimento de um Sistema de Sensoriamento Remoto para Monitoração de Poluentes na Atmosfera de São Paulo.

Ele é financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo) por meio do programa Jovens Pesquisadores, coordenado pelo físico nuclear Eduardo Landulfo, do Ipen. Os trabalhos devem ser concluídos em julho próximo.

O objetivo do radar de laser ou "Lidar", sigla em inglês para light detection and ranging (detecção de luz e medida de distância), é medir a quantidade de partículas de poluentes na atmosfera (como poeira, fumaça e fuligem), com o uso do feixe de luz laser pelo método chamado retroespalhamento.

Essa técnica permite que o sinal de laser retorne ao ponto emissor depois de encontrar uma partícula ou um alvo qualquer. O equipamento proposto por Landulfo foi apresentado em julho de 2000 na 20ª Conferência Internacional de Radar de Laser.

O Lidar do Ipen tem várias funções, já determinadas em sua montagem. Ele fornece dados sobre partículas em suspensão e alerta para a adoção de ações emergenciais em períodos de estagnação atmosférica, quando os níveis de poluentes apresentam riscos à saúde pública - o que pode torná-lo decisivo para a solução mais eficiente das questões ambientais em grandes centros urbanos.

As empresas que monitoram a poluição funcionam hoje amparadas em estações de qualidade do ar, equipadas basicamente com filtros que coletam dados para análise várias vezes ao dia e fornecem dados para a preparação de boletins sobre qualidade do ar, como se faz na Grande São Paulo, por exemplo.

Esse trabalho ganharia dinamismo com o radar de laser, pois ele confere de imediato os poluentes em suspensão. Além disso, permite o acompanhamento frequente das áreas mais poluídas: a partir da emissão do laser, pode-se estabelecer a composição das partículas e dos gases suspensos.

As informações são da Agência Brasil.
 

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