Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/11/2007 - 13h16

Clonagem terapêutica não é realista, diz "pai" de Dolly

Publicidade

da Folha de S.Paulo

A clonagem terapêutica em seres humanos a partir de células-tronco embrionárias, mesmo descontada a questão ética, ainda está bastante distante dos seres humanos.

Para o criador da ovelha Dolly, o pesquisador Ian Wilmut, que comentou artigo publicado pela revista "Nature" a respeito da clonagem de macacos, "não existe nenhuma evidência de que essa nova aplicação da técnica poderá funcionar em seres humanos". Para ele, as limitações para que isso ocorra, do ponto de vista técnico, ainda são grandes.

De acordo com Lygia Pereira, da USP, a prova de que é possível isolar células-tronco embrionárias a partir do blastocisto (embrião em estado inicial de desenvolvimento) deve ser encarada como um estímulo pelos cientistas.

"Muitos céticos afirmavam que esse caminho [de pesquisa] era inviável", comentou a pesquisadora.

Wilmut diz, no entanto, que o uso de células-tronco em grande escala para terapia em humanos "não seria praticável". Para ele, outro objetivo poderá ser perseguido agora, a partir do clone de macacos.

"No nosso afã de usar células específicas para cada paciente em terapia, tendemos a desprezar o fato de que elas [as células-tronco] têm grande valor na pesquisa básica e na descoberta de drogas". É possível usá-las para entender a genética de doenças, por exemplo.

Além do aspecto científico, novos marcos regulatórios ainda estão em debate. No Brasil, o STF (Supremo Tribunal Federal) deverá apreciar, em dezembro, a proibição ou não das pesquisas com embriões. A lei que as permite foi aprovada pelo Congresso em 2005.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página