Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/05/2001 - 10h51

Estudo da USP pode contribuir para erradicar Doença de Chagas

da Folha Online

Os pesquisadores do Laboratório de Bioquímica de Parasitas do Instituto de Química da USP (Universidade de São Paulo) anunciaram ontem que conseguiram clonar uma das moléculas que compõem o parasita causador da Doença de Chagas.

A pesquisa, coordenada pela professora Maria Júlia Manso Alves, descobriu e clonou a Tc85-11, uma das moléculas do Trypanosoma cruzi pertencente à super-família das gp85/trans-sialidases, principais componentes da superfície do parasita causador da doença.

A partir da Tc85-11 foi possível identificar seu receptor na membrana da célula do hospedeiro, a citoqueratina 18, parente das substâncias que formam unhas e cabelos e a qual se acreditava que existisse somente dentro das células.

"O receptor é a porta de entrada do parasita na célula, onde ele passa a se reproduzir em alta velocidade, causando a Doença de Chagas", afirmou Margaret Magdesian, especialista que conseguiu isolar a molécula e descobrir o receptor. "O Trypanosoma cruzi é um parasita intracelular obrigatório, pois se ele não entrar rapidamente nas células, nosso sistema imunológico o elimina, uma vez que ele não pode se multiplicar fora da célula".

De acordo com a pesquisadora, as novas descobertas abrem múltiplas possibilidades, como a melhor compreensão do mecanismo de ação do protozoário e o desenvolvimento de drogas que bloqueiem o acesso do Trypanosoma cruzi à molécula receptora, por meio do seu encapsulamento ou desativando seu funcionamento.

A Doença de Chagas é uma moléstia endêmica no Brasil (5 milhões de casos) e em outros países americanos (de 16 a 18 milhões de infectados), como Chile, Paraguai, Argentina, Uruguai, México e Estados Unidos, entre outros.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página