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31/05/2001
-
20h03
A Nasa (agência espacial norte-americana) se prepara para iniciar outro capítulo na história da aviação, com o primeiro teste neste sábado (2) de um X-43, um protótipo de avião sem piloto capaz de voar a incrível velocidade de dez vezes a velocidade do som (Mach 10), ou seja, 11.000 km/h.
Este teste histórico acontecerá em cima do oceano Pacífico, frente a costa do sul da Califórnia e permitirá estabelecer um primeiro recorde, com uma velocidade prevista de Mach 7 (cerca de 7.700 km/h). O vôo será filmado por câmeras a bordo de dois caças F-18.
Se o vôo for um sucesso, será a primeira vez na história da aviação que um moto a combustão atmosférica chega a velocidades hipersônicas, ou seja, superiores a Mach 5.
"Com este vôo, vamos entrar para a história da aviação e a aeroespacial. Este vôo hipersônico é o equivalente a que os irmãos Wright fizeram com o vôo subsônico", disse Joel Sitz, diretor do projeto X-43, em referência ao vôo que deu nascimento à aviação, em 1903, no centro Dryden de pesquisas aéreas da Nasa.
Outros dois testes estão previstos, uma de Mach 7 e outra de Mach 10.
Construído pela empresa americana MicroCraft, o X-43 é uma máquina de tamanho pequeno (3,6 metros de comprimento por 1,5 m de envergadura). Um perfil aerodinâmico plano e linhas afiladas lhe dão um ar completamente futurista.
Este primeiro protótipo (X-43A) será lançado desde o ar com a ajuda de um foguete Pegasus, acoplado à barriga de um bombardeiro B-52, que decolara da base aérea de Edwards (Califórnia).
Em cima do Oceano Pacífico, o B-52 lançará o foguete Pegasus que subirá a 95.000 pés (29.000 metros) e acelerará a Mach 7.
O X-43 se separará então do foguete e seguirá um plano de vôo programado. Voará durante onze segundos a Mach 7, tempo que permitirá transmitir 500 parâmetros de vôo aos engenheiros de terra, inclusive a pressão e a temperatura sofridas pelo aparelho.
As performances exatas desse revolucionário motor estão classificadas como altamente secretas.
A máquina cairá depois no mar. Para limitar o custo do programa (185 milhões de dólares), não está previsto recuperá-la.
A Nasa já fez mais de 600 testes em terra desde o lançamento do projeto, em 1996, mas jamais testou esta tecnologia em vôo, explica Vince Rausch, diretor do programa Hyper-X, do Centro de Pesquisas da Nasa, em Langley (Virgínia).
Terminado em novembro de 1999, o X-43 representa o final de 20 anos de pesquisas na chamada tecnologia chamada "scramjet" (Supersonic Combustible Ramjet), baseada no princípio da propulsão por estatorreator a combustão supersônica.
Ao contrário dos foguetes que devem levar enormes reservatórios de oxigênio necessários para a combustão do hidrogênio líqüido, os estatorreatores tomam seu oxigênio diretamente da atmosfera, daí o termo "combustão atmosférica".
Além disso - e esta é a revolução - não é preciso mais, como num motor de avião, de turbinas nas asas para comprimir o ar, porque este último, ao entrar no estatorreator, é diretamente comprimido pela força do impacto por causa da velocidade hipersônica do aparelho.
Sem oxigênio para carregar, há mais partes móveis, pesadas e complexas: o "scramjet" tem muito peso e ocupa muito lugar.
Uma vez dominada, esta tecnologia deve levar à criação de máquinas voadoras mais leves, dispondo de uma carga útil maior e capaz de voar a velocidades excepcionais.
Nasa inaugura a era do vôo hipersônico neste sábado
da France Presse, em WashingtonA Nasa (agência espacial norte-americana) se prepara para iniciar outro capítulo na história da aviação, com o primeiro teste neste sábado (2) de um X-43, um protótipo de avião sem piloto capaz de voar a incrível velocidade de dez vezes a velocidade do som (Mach 10), ou seja, 11.000 km/h.
Este teste histórico acontecerá em cima do oceano Pacífico, frente a costa do sul da Califórnia e permitirá estabelecer um primeiro recorde, com uma velocidade prevista de Mach 7 (cerca de 7.700 km/h). O vôo será filmado por câmeras a bordo de dois caças F-18.
Se o vôo for um sucesso, será a primeira vez na história da aviação que um moto a combustão atmosférica chega a velocidades hipersônicas, ou seja, superiores a Mach 5.
"Com este vôo, vamos entrar para a história da aviação e a aeroespacial. Este vôo hipersônico é o equivalente a que os irmãos Wright fizeram com o vôo subsônico", disse Joel Sitz, diretor do projeto X-43, em referência ao vôo que deu nascimento à aviação, em 1903, no centro Dryden de pesquisas aéreas da Nasa.
Outros dois testes estão previstos, uma de Mach 7 e outra de Mach 10.
Construído pela empresa americana MicroCraft, o X-43 é uma máquina de tamanho pequeno (3,6 metros de comprimento por 1,5 m de envergadura). Um perfil aerodinâmico plano e linhas afiladas lhe dão um ar completamente futurista.
Este primeiro protótipo (X-43A) será lançado desde o ar com a ajuda de um foguete Pegasus, acoplado à barriga de um bombardeiro B-52, que decolara da base aérea de Edwards (Califórnia).
Em cima do Oceano Pacífico, o B-52 lançará o foguete Pegasus que subirá a 95.000 pés (29.000 metros) e acelerará a Mach 7.
O X-43 se separará então do foguete e seguirá um plano de vôo programado. Voará durante onze segundos a Mach 7, tempo que permitirá transmitir 500 parâmetros de vôo aos engenheiros de terra, inclusive a pressão e a temperatura sofridas pelo aparelho.
As performances exatas desse revolucionário motor estão classificadas como altamente secretas.
A máquina cairá depois no mar. Para limitar o custo do programa (185 milhões de dólares), não está previsto recuperá-la.
A Nasa já fez mais de 600 testes em terra desde o lançamento do projeto, em 1996, mas jamais testou esta tecnologia em vôo, explica Vince Rausch, diretor do programa Hyper-X, do Centro de Pesquisas da Nasa, em Langley (Virgínia).
Terminado em novembro de 1999, o X-43 representa o final de 20 anos de pesquisas na chamada tecnologia chamada "scramjet" (Supersonic Combustible Ramjet), baseada no princípio da propulsão por estatorreator a combustão supersônica.
Ao contrário dos foguetes que devem levar enormes reservatórios de oxigênio necessários para a combustão do hidrogênio líqüido, os estatorreatores tomam seu oxigênio diretamente da atmosfera, daí o termo "combustão atmosférica".
Além disso - e esta é a revolução - não é preciso mais, como num motor de avião, de turbinas nas asas para comprimir o ar, porque este último, ao entrar no estatorreator, é diretamente comprimido pela força do impacto por causa da velocidade hipersônica do aparelho.
Sem oxigênio para carregar, há mais partes móveis, pesadas e complexas: o "scramjet" tem muito peso e ocupa muito lugar.
Uma vez dominada, esta tecnologia deve levar à criação de máquinas voadoras mais leves, dispondo de uma carga útil maior e capaz de voar a velocidades excepcionais.
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