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12/06/2001
-
19h02
A União Européia rejeitou hoje a nova proposta do presidente dos EUA, George Bush, para combater o aquecimento global, qualificando-a de "insuficiente".
O plano do presidente americano, anunciado ontem, antes de sua primeira viagem oficial à Europa, consistia em financiar pesquisas sobre as causas do problema e procurar soluções tecnológicas que pudessem resolvê-lo _sem afetar a economia.
Para a comissária de Ambiente da UE, a sueca Margot Wallström, há evidências científicas suficientes de que o aquecimento global existe e é agravado pela emissão humana de gases-estufa, como o dióxido de carbono (CO2). E Bush deveria passar "da análise à ação".
Enquanto os EUA insistem em não ratificar o Protocolo de Kyoto, pacto internacional para reduzir as emissões de gases-estufa abandonado por Bush em março, a UE reafirmou hoje sua proposta de ratificá-lo até 2002.
Segundo Wallström, a última análise da Comissão Européia sobre o tema mostra que o preço da redução não será alto e que há tecnologias limpas disponíveis para isso.
A defesa do acordo de Kyoto foi também uma das principais pautas da cúpula franco-alemã, que se realiza em Freiburg (sudeste da Alemanha). Paris e Berlim querem assumir o posto de liderança que Washington deixou vago nas negociações do protocolo, enxergando oportunidades para a indústria européia num futuro sem combustíveis fósseis.
"França e Alemanha cuidarão para que o processo de Kyoto siga e para que a Europa se mantenha unida nessa questão, pois nenhum acordo pode produzir tantos resultados", disse o chanceler alemão, Gerhard Schröder.
Segundo o presidente francês, Jacques Chirac, é necessário, agora, reduzir emissões, fixar objetivos e controlar o seu cumprimento, sobretudo pelos "países que são os maiores emissores".
Compromisso canadense
Não é só a Europa que está correndo para cortar suas emissões de gases-estufa. O Canadá anunciou um plano de dez anos para as emissões em seu sistema de transporte e para cumprir sua meta de redução prevista no protocolo.
O ministro canadense do Ambiente, David Anderson, assinou um acordo com a indústria automobilística para iniciar, este ano, a produção de veículos "limpos".
Sobre o apelo de Bush por "ciência e diplomacia" para combater o efeito estufa, Anderson afirmou que o Canadá está disposto a ajudar. Mas que uma mudança no estilo de vida dos americanos será necessária.
Com agências internacionais.
Europa rejeita proposta de Bush sobre aquecimento global
da Folha de S.PauloA União Européia rejeitou hoje a nova proposta do presidente dos EUA, George Bush, para combater o aquecimento global, qualificando-a de "insuficiente".
O plano do presidente americano, anunciado ontem, antes de sua primeira viagem oficial à Europa, consistia em financiar pesquisas sobre as causas do problema e procurar soluções tecnológicas que pudessem resolvê-lo _sem afetar a economia.
Para a comissária de Ambiente da UE, a sueca Margot Wallström, há evidências científicas suficientes de que o aquecimento global existe e é agravado pela emissão humana de gases-estufa, como o dióxido de carbono (CO2). E Bush deveria passar "da análise à ação".
Enquanto os EUA insistem em não ratificar o Protocolo de Kyoto, pacto internacional para reduzir as emissões de gases-estufa abandonado por Bush em março, a UE reafirmou hoje sua proposta de ratificá-lo até 2002.
Segundo Wallström, a última análise da Comissão Européia sobre o tema mostra que o preço da redução não será alto e que há tecnologias limpas disponíveis para isso.
A defesa do acordo de Kyoto foi também uma das principais pautas da cúpula franco-alemã, que se realiza em Freiburg (sudeste da Alemanha). Paris e Berlim querem assumir o posto de liderança que Washington deixou vago nas negociações do protocolo, enxergando oportunidades para a indústria européia num futuro sem combustíveis fósseis.
"França e Alemanha cuidarão para que o processo de Kyoto siga e para que a Europa se mantenha unida nessa questão, pois nenhum acordo pode produzir tantos resultados", disse o chanceler alemão, Gerhard Schröder.
Segundo o presidente francês, Jacques Chirac, é necessário, agora, reduzir emissões, fixar objetivos e controlar o seu cumprimento, sobretudo pelos "países que são os maiores emissores".
Compromisso canadense
Não é só a Europa que está correndo para cortar suas emissões de gases-estufa. O Canadá anunciou um plano de dez anos para as emissões em seu sistema de transporte e para cumprir sua meta de redução prevista no protocolo.
O ministro canadense do Ambiente, David Anderson, assinou um acordo com a indústria automobilística para iniciar, este ano, a produção de veículos "limpos".
Sobre o apelo de Bush por "ciência e diplomacia" para combater o efeito estufa, Anderson afirmou que o Canadá está disposto a ajudar. Mas que uma mudança no estilo de vida dos americanos será necessária.
Com agências internacionais.
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