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19/06/2001 - 18h51

Navegação no rio Paraguai ameaça sítios arqueológicos

da France Presse, no Rio de Janeiro

A intensa navegação no rio Paraguai, na região do pantanal brasileiro, ameaça destruir de modo irreversível mais de cem sítios arqueológicos precolombianos.

Segundo a arqueóloga Maria Clara Migliacio, do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), os lugares em risco são terrenos em que encontradas evidências da existência de tribos indígenas na região.

Um dos sítios é um importante cemitério indígena com urnas funerárias de argila, descoberto em 1999. A ameaça ao patrimônio arqueológico ocorre às duas margens do rio.

Com o aumento da navegação pelo rio Paraguai, que corre por fronteiras entre a Bolívia, o Brasil e o próprio Paraguai, as encostas das margens ficaram visivelmente deterioradas.

"Tudo isso está sendo desmontado, destruído", diz Maria. Segundo a arqueóloga, a maior parte dos sítios arqueológicos são locais onde viviam tribos dos índios Xaraié, há cerca de 800 anos. O desaparecimento dos Xaraié ocorreu com a chegada de conquistadores espanhóis à região.

"Nossa prioridade agora é fazer um inventário completo para tratar de impedir que esse tesouros se percam", afirmou a arqueóloga.

O Iphan já havia alertado para a ameaça a outros sítios arqueológicos na zona do Pantanal, por causa da construção de estradas e do crescimento da agricultura na região.
 

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