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20/06/2001 - 13h15

Supersticiosos temem que 1º eclipse do milênio traga desastres

da France Presse, em Harare (Zimbábue)

Em momentos em que os astrônomos equipados com sofisticados materiais se preparam para observar amanhã o primeiro eclipse solar do novo milênio com o maior apuro científico possível, os zimbabuanos mais supersticiosos temem que o mesmo seja um presságio de guerras, epidemias e fome. O eclipse solar de 21 de junho será visível na África austral e no Oceano Índico.

Segundo crenças tradicionais, africanas e européias, um eclipse pode ser uma advertência do desencadeamento de desgraças: morte de dirigentes, guerra, seca, inundações ou enfermidades.

"O eclipse do sol não é uma bênção para nós. Quer dizer que haverá problemas, derramamento de sangue e epidemias", afirmou o porta-voz da Associação Nacional de Curandeiros do Zimbábue (Zinatha), Peter Sibanda.

"Na África acreditamos que se Deus está aborrecido com os homens, isso é manifestado através do Sol ou da Lua", disse.

Aeneas Chigwedere, historiador e vice-ministro de Cultura, explicou que os astros tinham grande importância para as populações da África austral antes da colonização.

As populações do Leste se identificavam com o Sol e as do oeste com a Lua. Todo eclipse - solar ou lunar - significava para eles "algo negativo", afirmou.

O historiador recordou que um mês depois do eclipse da Lua, em fevereiro de 1896, desencadeou-se a primeira "Chimurenga" (guerra de libertação contra os britânicos).

A tradição africana também reza que o eclipse é "deterioramento do Sol" e, quando isso acontece, é uma maldição.

Para contra-atacar esses efeitos malignos, é preciso realizar cerimônias rituais dedicas aos antepassados.
 

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