Publicidade
Publicidade
01/07/2001
-
18h37
No laboratório de Paleontologia do Departamento de biolgia da Faculdade de Filosofia, Ciêcias e Letras de Ribeirão Preto, coordenado pelo professor Rafael Gioia, está sendo montado o esqueleto de um réptil que viveu há 250 milhões de anos, num período chamado permiano, na região de Rio Claro (interior de São Paulo).
O réptil, cujo nome científico é Stereos-ternum tumidum, é do grupo dos Mesossaurídeos. Desse grupo ainda fazem parte o Mesosaurus tenuidens e o Brasilosaurus sampaulensis.
Segundo Gioia, essa é a primeira vez que se monta esse réptil, que muitos conheciam, mas nunca foi visto em pé.
O trabalho só se tornou possível graças ao empenho do ex-aluno do Curso de Biologia, Marcelo Malvestio, que aprendeu a técnica e há seis anos vem se dedicando a montagem do Mesousauro sem nenhum vínculo de auxílio financeiro.
O pesquisador explica que, na peça que está sendo montada no seu laboratório, faltam poucas partes, como a cabeça. Para se ter uma idéia do trabalho, somente a cauda do réptil tem 36 pequenas vértebras, provenientes do mesmo animal, catalogadas e montadas uma a uma.
As coletas de fósseis na região de Rio Claro têm fins didáticos e interesse científico. Marcelo conseguiu dominar a técnica para moldar as peças desse mesossauro em gesso e pretende distribuí-las para as escolas públicas que visitam o laboratório, para que elas tenham a própria "reprodução" do réptil.
Extinção
O Stereosternum foi totalmente extinto da Bacia do Paraná ainda naquela época, não existindo descendentes. Há também muitas contravérsias sobre seus antecessores. Com a montagem do réptil, Gioia explica que o primeiro mito sobre a espécie já foi derrubado. Apesar de sempre ter sido muito estudado e já ser bem conhecido, em todas as ilustrações ele aparece nadando no mar.
Com a montagem, verificou-se que tinhas as costelas muito grossas, o que não permitia que ficasse o tempo todo nadando, pois afundaria. "Os inúmeros estudos nunca perceberam que eles podiam ficar o tempo todo em terra", afirma o pesquisador.
Além disso, a espécie Mesousaurus tenudens, que não era boa nadadora, foi encontrada tanto no Brasil como na África, tornando-se mais uma das poucas provas da separação dos continentes. O achado mostra que, no período permiano, há 250 milhões de anos, o que hoje se conhece como América e África, estava necessiariamente ligado.
As informações são da Agência Brasil.
Esqueleto de dinossauro que viveu há 250 mi de anos em SP é montado
da Folha OnlineNo laboratório de Paleontologia do Departamento de biolgia da Faculdade de Filosofia, Ciêcias e Letras de Ribeirão Preto, coordenado pelo professor Rafael Gioia, está sendo montado o esqueleto de um réptil que viveu há 250 milhões de anos, num período chamado permiano, na região de Rio Claro (interior de São Paulo).
O réptil, cujo nome científico é Stereos-ternum tumidum, é do grupo dos Mesossaurídeos. Desse grupo ainda fazem parte o Mesosaurus tenuidens e o Brasilosaurus sampaulensis.
Segundo Gioia, essa é a primeira vez que se monta esse réptil, que muitos conheciam, mas nunca foi visto em pé.
O trabalho só se tornou possível graças ao empenho do ex-aluno do Curso de Biologia, Marcelo Malvestio, que aprendeu a técnica e há seis anos vem se dedicando a montagem do Mesousauro sem nenhum vínculo de auxílio financeiro.
O pesquisador explica que, na peça que está sendo montada no seu laboratório, faltam poucas partes, como a cabeça. Para se ter uma idéia do trabalho, somente a cauda do réptil tem 36 pequenas vértebras, provenientes do mesmo animal, catalogadas e montadas uma a uma.
As coletas de fósseis na região de Rio Claro têm fins didáticos e interesse científico. Marcelo conseguiu dominar a técnica para moldar as peças desse mesossauro em gesso e pretende distribuí-las para as escolas públicas que visitam o laboratório, para que elas tenham a própria "reprodução" do réptil.
Extinção
O Stereosternum foi totalmente extinto da Bacia do Paraná ainda naquela época, não existindo descendentes. Há também muitas contravérsias sobre seus antecessores. Com a montagem do réptil, Gioia explica que o primeiro mito sobre a espécie já foi derrubado. Apesar de sempre ter sido muito estudado e já ser bem conhecido, em todas as ilustrações ele aparece nadando no mar.
Com a montagem, verificou-se que tinhas as costelas muito grossas, o que não permitia que ficasse o tempo todo nadando, pois afundaria. "Os inúmeros estudos nunca perceberam que eles podiam ficar o tempo todo em terra", afirma o pesquisador.
Além disso, a espécie Mesousaurus tenudens, que não era boa nadadora, foi encontrada tanto no Brasil como na África, tornando-se mais uma das poucas provas da separação dos continentes. O achado mostra que, no período permiano, há 250 milhões de anos, o que hoje se conhece como América e África, estava necessiariamente ligado.
As informações são da Agência Brasil.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice