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06/07/2001 - 23h13

Europa busca aliados para salvar conferência do clima em Bonn

da Folha de S.Paulo

Às vésperas da conferência de Bonn, Alemanha, que pretende discutir os mecanismos de implantação do Protocolo de Kyoto, tratado para combater o efeito estufa, a União Européia ainda tenta cooptar aliados dos EUA na questão climática.

Para entrar em vigor, o Protocolo de Kyoto precisa ser ratificado por ao menos 55 países que, somados, sejam responsáveis por 55% das emissões mundiais de gás carbônico, o principal causador do efeito estufa. São gases como esse que formam um "cobertor" sobre a Terra, retendo o calor e levando ao aquecimento do planeta.

Os EUA, que respondem por cerca de 25% das emissões mundiais, rejeitaram o acordo - que prevê redução de 5,2% nas emissões de gás carbônico pelos países industrializados até 2012 - argumentando que ele impediria o crescimento econômico.

Sem os EUA, o objetivo da União Européia (UE), bloco defensor do tratado climático, é convencer os aliados dos americanos nessa questão - Canadá, Austrália, Japão e Nova Zelândia - a adotar o protocolo.

O Canadá já aderiu verbalmente ao tratado e, no esforço final antes da conferência de Bonn, que ocorrerá de 16 a 27 deste mês, uma delegação da UE conversou hoje com o ministro do Ambiente da Austrália, Robert Hill, em Sydney.

O Japão ainda investe na volta dos EUA à mesa de negociações. A ministra japonesa do Ambiente, Yoriko Kawaguchi, visitará os EUA na semana que vem para discutir o assunto. A ministra pedirá que os EUA especifiquem quais partes do protocolo eles vêem como problema e se o país voltaria às negociações caso fossem feitas revisões.

O chanceler alemão Gerhard Schröder telefonou hoje ao primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, para enfatizar seu pedido para que o Japão ajude a construir um "compromisso construtivo" em Bonn.

Uma delegação da UE desembarcará no Japão na próxima semana para pressionar o país a ratificar o protocolo, mesmo que os EUA não o façam.

Entre as possíveis mudanças a serem propostas pelo Japão estão a mudança do ano-base para 2000 e uma redução na meta de corte dos EUA.
 

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