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09/07/2001
-
19h29
A reunião internacional destinada a impulsionar a implementação do Protocolo de Kyoto começa na próxima segunda-feira em Bonn, Alemanha, pré-condenada ao fracasso. A comissão da União Européia que foi a Tóquio tentar conseguir o apoio do Japão à ratificação do tratado falhou em sua tarefa.
A missão era difícil: tentar fazer com que os japoneses apoiassem o acordo para reduzir a emissão de gases-estufa independentemente da posição dos EUA, que abandonaram o protocolo em março.
Uma porta-voz da comissária de Ambiente da UE, Margot Wallstrom, disse hoje que "os japoneses indicaram que, apesar de compartilharem as metas de Kyoto e quererem o protocolo reforçado em 2002, eles não estão, no momento, inclinados a concluir o acordo sem os EUA".
A UE havia mandado comissões diplomáticas aos principais aliados dos EUA nas negociações sobre o clima, o Japão e a Austrália (os outros são Canadá, favorável ao pacto, e Nova Zelândia). A missão que foi à Austrália semana passada também falhou em conseguir apoio.
O Japão é considerado uma peça-chave nas negociações do protocolo, que prevê a redução nas emissões de gás carbônico dos países industrializados em 5,2% até 2012, em relação aos níveis de 1990. Sem a participação dos EUA, que respondem por quase 25% das emissões mundiais do gás _considerado o principal culpado pelo aquecimento global_, a UE esperava contar com o apoio japonês.
Para entrar em vigor, o protocolo precisa ser ratificado (isto é, transformado em lei) em 55 países, que respondam por 55% das emissões das nações ricas. Agindo juntos, UE, Rússia e Japão poderiam dar conta do recado.
A reunião de Bonn é uma continuação da COP-6 (Sexta Conferência das Partes) da Convenção do Clima, realizada em Haia (Holanda) em novembro. Ela fracassou devido à insistência americana em não reduzir suas emissões domésticas.
As discussões de Bonn caminham para um destino semelhante. Semana passada, o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, disse que Bonn não seria o prazo final.
A porta-voz da UE, Pia Ahrenkilde, admitiu que será difícil chegar a um consenso durante o encontro. Mas disse que a UE está disposta a qualquer negócio para salvar Kyoto. "Um acordo sobre elementos-chave é melhor que nenhum acordo", afirmou.
O presidente da COP-6, Jan Pronk, afirmou sexta-feira a agências de notícias européias que seria possível até mesmo postergar o chamado primeiro período de redução de emissões, que começa em 2008, para 2010, para incluir o Japão.
* Com agências internacionais
Reunião em Bonn sobre clima está pré-condenada ao fracasso
da Folha de S.PauloA reunião internacional destinada a impulsionar a implementação do Protocolo de Kyoto começa na próxima segunda-feira em Bonn, Alemanha, pré-condenada ao fracasso. A comissão da União Européia que foi a Tóquio tentar conseguir o apoio do Japão à ratificação do tratado falhou em sua tarefa.
A missão era difícil: tentar fazer com que os japoneses apoiassem o acordo para reduzir a emissão de gases-estufa independentemente da posição dos EUA, que abandonaram o protocolo em março.
Uma porta-voz da comissária de Ambiente da UE, Margot Wallstrom, disse hoje que "os japoneses indicaram que, apesar de compartilharem as metas de Kyoto e quererem o protocolo reforçado em 2002, eles não estão, no momento, inclinados a concluir o acordo sem os EUA".
A UE havia mandado comissões diplomáticas aos principais aliados dos EUA nas negociações sobre o clima, o Japão e a Austrália (os outros são Canadá, favorável ao pacto, e Nova Zelândia). A missão que foi à Austrália semana passada também falhou em conseguir apoio.
O Japão é considerado uma peça-chave nas negociações do protocolo, que prevê a redução nas emissões de gás carbônico dos países industrializados em 5,2% até 2012, em relação aos níveis de 1990. Sem a participação dos EUA, que respondem por quase 25% das emissões mundiais do gás _considerado o principal culpado pelo aquecimento global_, a UE esperava contar com o apoio japonês.
Para entrar em vigor, o protocolo precisa ser ratificado (isto é, transformado em lei) em 55 países, que respondam por 55% das emissões das nações ricas. Agindo juntos, UE, Rússia e Japão poderiam dar conta do recado.
A reunião de Bonn é uma continuação da COP-6 (Sexta Conferência das Partes) da Convenção do Clima, realizada em Haia (Holanda) em novembro. Ela fracassou devido à insistência americana em não reduzir suas emissões domésticas.
As discussões de Bonn caminham para um destino semelhante. Semana passada, o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, disse que Bonn não seria o prazo final.
A porta-voz da UE, Pia Ahrenkilde, admitiu que será difícil chegar a um consenso durante o encontro. Mas disse que a UE está disposta a qualquer negócio para salvar Kyoto. "Um acordo sobre elementos-chave é melhor que nenhum acordo", afirmou.
O presidente da COP-6, Jan Pronk, afirmou sexta-feira a agências de notícias européias que seria possível até mesmo postergar o chamado primeiro período de redução de emissões, que começa em 2008, para 2010, para incluir o Japão.
* Com agências internacionais
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