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11/07/2001 - 15h49

Astrônomos descobrem 12 novos satélites em Saturno

da France Presse, em Paris

Uma equipe internacional de astrônomos acaba de descobrir 12 novos satélites de Saturno. O planeta, do qual já se conheciam 18 satélites, passa a contar, agora, com 30, segundo um estudo sobre o assunto que será publicado amanhã na revista Nature.

Estes novos satélites são de pequeno tamanho e descrevem órbitas irregulares que podem agrupar-se em várias famílias, o que fez os cientistas pensarem que se trata de restos de satélites mais importantes. A equipe de astrônomos é conduzida por Brett Gladman, do Observatório da Costa Azul, de Nice (sul da França).

Até 1979, data do primeiro sobrevôo de Saturno por uma nave espacial, só se conheciam com certeza nove satélites deste planeta gigante situado a uma distância do Sol de entre 1.346 a 1.511 bilhões de quilômetros. Tratava-se de Mimas, Encélado, Tetis, Dione, Rea, Titã, Hiperion, Japeto e Febe (nomes de titãs e de gigantes da mitologia grega).

As missões espaciais das sondas Voyager e as observações intensivas de Saturno, em 1979 e 1980, permitiram acrescentar à lista outros nove: Pan, Atlas, Prometeu, Pandora, Epimeteu, Janus, Telesto, Calypso e Helena.

A existência de dois -e talvez quatro- outros satélites foi anunciada em 1995, mas não foi confirmada. Descobertos entre agosto e fevereiro passados, os doze novos satélites do planeta dos anéis medem de três a 30 km de diâmetro exceto o maior, Titã, que mede 5.150 km.

Os satélites descrevem órbitas irregulares e muito inclinadas (em relação à eclíptica), algumas em sentido direto, outras em sentido inverso.

As órbitas de 11 dessas novas 'luas' podem ser agrupadas em três famílias de mesmas características, pelo que, estimam Brett Gladman e seus colegas, deve tratar-se de satélites fragmentados em colisões com outros objetos celestes, cometas ou asteróides.

A equipe fez a descoberta através de um estudo sistemático do entorno de Saturno, e com a ajuda de telescópios de dimensões médias (menos de 5 metros de diâmetro), o que permite pensar, estimou Douglas Hamilton, astrônomo da universidade de Maryland (leste dos Estados Unidos), num comentário que acompanha o artigo publicado em Nature: se os progressos técnicos ajudarem, se produzirão outros descobrimentos de satélites de planetas gigantes (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno).

Assim, Saturno passa a ser o planeta solar do qual se conhecem mais satélites (30, em relação a 28 de Júpiter, 21 de Urano e 8 de Netuno).
 

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