Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/07/2001 - 10h26

Atlantis leva a "porta de entrada" da Estação Espacial Internacional

da France Presse, em Cabo Canaveral (EUA)

O ônibus espacial Atlantis decolou hoje da Flórida para uma missão de 11 dias dedicada à instalação na ISS (Estação Espacial Internacional) de uma escotilha de despressurização de seis toneladas, completando assim a primeira fase de construção do complexo orbital.

Reuters

Lançamento do Atlantis. Clique na foto para ver
outras imagens

Rompendo a escuridão da noite com um rastro laranja, o ônibus decolou às 5h04 locais (6h04 de Brasília) com um ruído ensurdecedor depois de uma contagem regressiva perfeita.

"Desejamos boa sorte para esta missão de montagem na ISS e bom vôo", afirmou, segundos antes, o diretor do lançamento, Mike Leinbach, à tripulação de cinco astronautas.

Oito minutos e meio depois da decolagem, a nave alcançou sua órbita preliminar, a uma velocidade de 27.000 km/h.

Agora o Atlantis inicia uma corrida de cerca de dois dias para conectar-se à ISS, onde deve chegar amanhã, a 384 km de altitude.

"Foi um lançamento perfeito e sem nenhum problema", elogiou o porta-voz da Nasa George Diller.

A missão do Atlantis havia sido adiada em cerca de um mês depois de inúmeros problemas técnicos. O lançamento aconteceu em meio a reforçadas medidas de segurança pelo temor de ameaças terroristas.

Os astronautas -cinco americanos, entre eles uma mulher- devem levar à ISS uma escotilha de despressurização (US Joint Airlock), que terá como função servir de "porta de entrada" para o complexo orbital.

Este enorme módulo de alumínio, de seis toneladas, batizado Quest (busca), custou US$ 164 milhões e permitirá aos astronautas que residem no complexo orbital efetuar saídas ao espaço. Até agora, os astronautas precisavam usar a escotilha de um ônibus espacial atracado a seu flanco.

Três saídas ao espaço, com uma duração total de 18 horas, estão previstas para a instalação do módulo Quest, que será realizada com a ajuda do novo braço-robô gigante Canadarm2 da ISS. Os astronautas treinaram durante quatro anos para esta delicada operação.

A integração deste novo módulo contribuirá para dar uma maior autonomia à estação. "Uma vez que a escotilha de despressurização estiver instalada, as portas do ônibus e da estação poderão permanecer abertas, o que é muito importante porque, até agora, era preciso abri-las e fechá-las várias vezes a fim de manter uma pressão correta durante as saídas ao espaço", explicou Mike Hawes, sub-administrador da Nasa para a ISS.

Graças a essa nova "porta", as saídas ao espaço vão virar coisa rotineira para os astronautas: 145 saídas estão de fato previstas no curso dos próximos anos a fim de prosseguir com a instalação do complexo orbital e proceder a sua manutenção.

Depois que a Quest for instalada, a estação espacial vai dispor de um espaço habitável de 424 m³, o equivalente a um apartamento com quatro cômodos.

A construção da estação, cuja montagem final está prevista para 2006, reúne os esforços de 16 países, para um custo que varia, segundo as estimativas, entre US$ 60 bilhões e US$ 96 bilhões.

A tripulação que reside desde março na ISS - o comandante russo Yuri Ussatchev e os astronautas americanos James Voss e Susan Helms- será substituída durante a próxima missão do ônibus espacial, prevista para o início de agosto.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página