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12/07/2001
-
20h56
Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Michigan "viu" pela primeira vez em ação o sistema de ataque à dor no cérebro humano, afirma um estudo que sai na edição desta sexta-feira da revista "Science".
"Até agora os neurocientistas que estudam a dor não tinham sido capazes de observar o sistema em ação", afirma Isaura Tavares, médica do Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina do Porto, em Portugal, que desde os anos 70 estuda o sistema de transmissão da dor no sistema nervoso.
A experiência norte-americana analisou a atividade química no cérebro de voluntários que experimentaram dor constante, e depois relataram suas experiências.
O estudo traz novas pistas sobre a importância do sistema analgésico natural no organismo humano. Os resultados confirmaram suspeitas anteriores de que havia relação entre as alterações químicas cerebrais de reação à dor e as sensações e emoções vividas pelas pessoas.
Estas descobertas podem ajudar a compreender melhor a dor crônica e a encontrar formas mais eficazes de alívio.
"Após este estudo pioneiro da Universidade de Michigan, vamos ser capazes de observar a atividade do cérebro elaborando uma resposta de defesa à dor, e talvez sejamos capazes de descobrir a razão das diferenças individuais na forma como sentimos a dor", diz Isaura. Segundo a cientista, este é o primeiro estudo que combina a indução da dor com a monitorização do sistema neurológico envolvido, e com a avaliação da dor relatada pelos próprios voluntários.
No sistema cerebral de controle da dor, são produzidas substâncias naturais, as endorfinas, que se combinam com receptores na superfície das células cerebrais, reduzindo ou bloqueando a difusão das mensagens de dor que são enviadas do cérebro para o corpo.
"O resultado nos dá uma nova visão do poder do sistema anti-dor do cérebro e mostra como a química cerebral regula as experiências sensoriais e emocionais", afirmou o principal autor do estudo, Jon-Kar Zubieta, professor de psiquiatria e radiologia na Escola Médica da Universidade do Michigan.
Segundo Isaura, a dor "é um mecanismo de alerta e defesa do organismo mas não é um mal necessário. O nosso cérebro possui um sistema de controlar a dor que sentimos quando esta passa além de certos limites".
Quando o corpo responde à sensação de dor e o cérebro integra essa informação, o cérebro produz neurotransmissores (opióides endógenos) que atenuam a percepção da dor, protegendo os indivíduos de a sentirem em toda a sua amplitude. A forma como estes químicos conseguem este efeito é semelhante à ação de alguns analgésicos, sobretudo os derivados da morfina.
Cientistas observam sistema analgésico do cérebro em ação
da Agência LusaUma equipe de pesquisadores da Universidade do Michigan "viu" pela primeira vez em ação o sistema de ataque à dor no cérebro humano, afirma um estudo que sai na edição desta sexta-feira da revista "Science".
"Até agora os neurocientistas que estudam a dor não tinham sido capazes de observar o sistema em ação", afirma Isaura Tavares, médica do Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina do Porto, em Portugal, que desde os anos 70 estuda o sistema de transmissão da dor no sistema nervoso.
A experiência norte-americana analisou a atividade química no cérebro de voluntários que experimentaram dor constante, e depois relataram suas experiências.
O estudo traz novas pistas sobre a importância do sistema analgésico natural no organismo humano. Os resultados confirmaram suspeitas anteriores de que havia relação entre as alterações químicas cerebrais de reação à dor e as sensações e emoções vividas pelas pessoas.
Estas descobertas podem ajudar a compreender melhor a dor crônica e a encontrar formas mais eficazes de alívio.
"Após este estudo pioneiro da Universidade de Michigan, vamos ser capazes de observar a atividade do cérebro elaborando uma resposta de defesa à dor, e talvez sejamos capazes de descobrir a razão das diferenças individuais na forma como sentimos a dor", diz Isaura. Segundo a cientista, este é o primeiro estudo que combina a indução da dor com a monitorização do sistema neurológico envolvido, e com a avaliação da dor relatada pelos próprios voluntários.
No sistema cerebral de controle da dor, são produzidas substâncias naturais, as endorfinas, que se combinam com receptores na superfície das células cerebrais, reduzindo ou bloqueando a difusão das mensagens de dor que são enviadas do cérebro para o corpo.
"O resultado nos dá uma nova visão do poder do sistema anti-dor do cérebro e mostra como a química cerebral regula as experiências sensoriais e emocionais", afirmou o principal autor do estudo, Jon-Kar Zubieta, professor de psiquiatria e radiologia na Escola Médica da Universidade do Michigan.
Segundo Isaura, a dor "é um mecanismo de alerta e defesa do organismo mas não é um mal necessário. O nosso cérebro possui um sistema de controlar a dor que sentimos quando esta passa além de certos limites".
Quando o corpo responde à sensação de dor e o cérebro integra essa informação, o cérebro produz neurotransmissores (opióides endógenos) que atenuam a percepção da dor, protegendo os indivíduos de a sentirem em toda a sua amplitude. A forma como estes químicos conseguem este efeito é semelhante à ação de alguns analgésicos, sobretudo os derivados da morfina.
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