Publicidade
Publicidade
19/07/2001
-
13h38
Ministros do meio ambiente começaram a se reunir hoje em Bonn para tentar salvar o pacto de Kyoto, mas as esperanças de persuadir os Estados Unidos -maior poluidor do mundo- a mudar sua postura em relação a ele começam a diminuir.
A conferência, que começou na segunda-feira, acontecia até o momento com altos funcionários dos ministérios, mas a partir de hoje os próprios ministros entram nas discussões.
A parte ministerial da conferência foi aberta pelo ministro holandês do Meio Ambiente, que preside as negociações, Jan Pronk. "Kyoto é o único acordo existente para combater o aquecimento da Terra" e "é o melhor sobre a mesa", disse Pronk no discurso de abertura.
Pronk fez um apelo aos Estados Unidos e ao Japão. "Se um país não se sente capaz de participar de um acordo depois de sua entrada em vigor, que (ao menos) não provoque uma situação em que outros mostrem reservas", afirmou.
A maior pressão sobre o presidente norte-americano, George W. Bush, deverá ocorrer em Londres, onde ele se encontra hoje com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e em Gênova, na reunião das superpotências do G8 (grupo das sete nações mais industrializadas e a Rússia), amanhã.
A delegação dos Estados Unidos em Bonn, chefiada pela subsecretária de Estado, Paula Dobriansky, não demonstra nenhuma intenção de anunciar a ratificação do pacto na cidade.
O Protocolo de Kyoto, assinado por Bill Clinton em 1997, prevê que as nações mais industrializadas do mundo cortem em 5,2% o nível de 1990 da emissão dos gases que provocam o efeito estufa até o ano de 2012. Os gases, como o gás carbônico, por exemplo, são produzidos por carros e fábricas.
A União Européia afirmou que deseja conquistar o apoio ao acordo de uma série de nações industrializadas -incluindo o Japão, o segundo maior produtor mundial de gases que provocam o efeito estufa-, a fim de obter força legal na maior parte do mundo, no ano que vem. Desta forma, a UE acredita que Bush seria obrigado a tomar uma atitude.
Muitos cientistas afirmam que os gases estão aprisionando o calor solar na Terra, provocando mudança de temperaturas e ameaçando o descongelamento de calotas polares, o que causaria a subida do nível do mar e um inundamento das costas.
Bush questiona esse argumento e diz que, apesar de os Estados Unidos desejarem cortar a emissão de gases, a abordagem escolhida em Kyoto é a maneira errada de agir. O presidente declarou também que o pacto prejudicaria a economia do país.
Com informações da Reuters e da France Presse
Leia mais sobre efeito estufa
Países tentam salvar o Protocolo de Kyoto sem os Estados Unidos
da Folha OnlineMinistros do meio ambiente começaram a se reunir hoje em Bonn para tentar salvar o pacto de Kyoto, mas as esperanças de persuadir os Estados Unidos -maior poluidor do mundo- a mudar sua postura em relação a ele começam a diminuir.
A conferência, que começou na segunda-feira, acontecia até o momento com altos funcionários dos ministérios, mas a partir de hoje os próprios ministros entram nas discussões.
A parte ministerial da conferência foi aberta pelo ministro holandês do Meio Ambiente, que preside as negociações, Jan Pronk. "Kyoto é o único acordo existente para combater o aquecimento da Terra" e "é o melhor sobre a mesa", disse Pronk no discurso de abertura.
Pronk fez um apelo aos Estados Unidos e ao Japão. "Se um país não se sente capaz de participar de um acordo depois de sua entrada em vigor, que (ao menos) não provoque uma situação em que outros mostrem reservas", afirmou.
A maior pressão sobre o presidente norte-americano, George W. Bush, deverá ocorrer em Londres, onde ele se encontra hoje com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e em Gênova, na reunião das superpotências do G8 (grupo das sete nações mais industrializadas e a Rússia), amanhã.
A delegação dos Estados Unidos em Bonn, chefiada pela subsecretária de Estado, Paula Dobriansky, não demonstra nenhuma intenção de anunciar a ratificação do pacto na cidade.
O Protocolo de Kyoto, assinado por Bill Clinton em 1997, prevê que as nações mais industrializadas do mundo cortem em 5,2% o nível de 1990 da emissão dos gases que provocam o efeito estufa até o ano de 2012. Os gases, como o gás carbônico, por exemplo, são produzidos por carros e fábricas.
A União Européia afirmou que deseja conquistar o apoio ao acordo de uma série de nações industrializadas -incluindo o Japão, o segundo maior produtor mundial de gases que provocam o efeito estufa-, a fim de obter força legal na maior parte do mundo, no ano que vem. Desta forma, a UE acredita que Bush seria obrigado a tomar uma atitude.
Muitos cientistas afirmam que os gases estão aprisionando o calor solar na Terra, provocando mudança de temperaturas e ameaçando o descongelamento de calotas polares, o que causaria a subida do nível do mar e um inundamento das costas.
Bush questiona esse argumento e diz que, apesar de os Estados Unidos desejarem cortar a emissão de gases, a abordagem escolhida em Kyoto é a maneira errada de agir. O presidente declarou também que o pacto prejudicaria a economia do país.
Com informações da Reuters e da France Presse
Leia mais sobre efeito estufa
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice