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24/07/2001 - 14h17

Comissão da Baleia rejeita criação de santuário no Pacífico

da Folha Online

As propostas para criar dois novos santuários de baleias no hemisfério Sul foram rejeitadas hoje pela Comissão Internacional da Baleia, em sua 53ª reunião anual, em Londres.

É a segunda vez que as propostas para um santuário no Pacífico Sul e no Atlântico Sul são rejeitadas _isso já havia acontecido no ano passado_, mas algumas organizações acusam o Japão, um dos maiores interessados na liberação da caça às baleias, de manipular a votação.

O Japão e outros países favoráveis à caça de baleias frustraram a iniciativa internacional para a criação dos santuários.

Os defensores da zona especial afirmam que ela seria necessária para que as populações de baleia sobrevivam à extinção, caso a moratória internacional à caça comercial desses animais seja cancelada.

É a segunda vez que as propostas para um santuário no Pacífico Sul e no Atlântico Sul são rejeitadas _isso já havia acontecido no ano passado_, mas algumas organizações acusam o Japão, um dos maiores interessados na liberação da caça às baleias, de manipular a votação.

Austrália e Nova Zelândia - os países que lideram a campanha pela criação do santuário - não conseguiram votos suficientes na comissão para a provar a criação do santuário, que deve ser aprovado por pelo menos três quartos dos países membros.

Ao final da votação, 20 países votaram a favor da proposta, 13 votaram contra e 4 se abstiveram.

"Nos últimos dois séculos de pesca comercial da baleia, as populações do animal no Pacífico Sul sofreram um colapso", afirma o ministro do Meio Ambiente da Austrália, Robert Hill. Os animais "precisam de proteção para que possam retornar aos níveis naturais de sobrevivência."

A comissão deve votar hoje novamente a proposta de um santuário no Atlântico Sul.

O Japão e seus aliados afirmam que a criação de santuários não tem base científica, e afirmam que as populações de baleia em muitas partes do mundo são fortes o suficiente para suportar a caça.

Desde o início da reunião da comissão, os japoneses estão na mira de protestos de ONGs ambientalistas.

O país é acusado de violar a moratória de caça comercial sob a desculpa de que a captura de animais estaria sendo feita com "fins científicos". Na semana passada, ativistas encontraram carne de baleia à venda em vários mercados do Japão.

Os japoneses também são acusados tentar comprar o apoio de países pobres na Comissão Internacional da Baleia, oferecendo ajuda financeira em troca do voto contra a moratória.

A votação que rejeitou a criação do santuário no Pacífico gerou protestos. "Isso não foi uma votação, foi um leilão em que o Japão deu o lance mais alto", afirma Mick McIntyre, da Ifaw (Fundo Internacional para o Bem Estar dos Animais).

Com agências internacionais
 

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