Publicidade
Publicidade
22/08/2001
-
18h16
Ter o corpo inteiro recoberto por olhos não parece uma idéia lá muito agradável. Mas uma espécie de ofiuróide (parente da estrela-do-mar) chamada Ophicoma wendtii vive muito bem assim.
Pesquisadores de Israel e dos EUA descobriram que seu esqueleto externo é composto por um sistema de cerca de 10 mil lentes de calcita (cristais de cálcio), de 50 milésimos de milímetro cada, que formam um dos aparelhos de captação de luz mais esquisitos da natureza.
"É como um olho só, distribuído por todo o corpo", disse à Folha Alexei Tkachenko, da Lucent Technologies, co-autor da descoberta, relatada na edição de amanhã da revista científica "Nature".
O aparato faz as vezes de um olho composto, como o das moscas e o das abelhas, onde centenas de prismas captam pedaços das imagens e uma rede de nervos ópticos as transmitem para o cérebro. Mas, como o ofiuróide tem um sistema neural muito primitivo, os cientistas acreditam que ele não consiga realmente "enxergar" o mundo _apenas extrair informações vitais sobre ele, mesmo à distância.
"Foi uma surpresa. Não estávamos procurando por lentes", disse Tkachenko, cujo interesse inicial era pesquisar a estrutura cristalina do esqueleto externo do bicho. Para ele, o "olho-esqueleto" pode inspirar o desenvolvimento de novos materiais com aplicação em nanotecnologia.
Criatura do mar possui 10 mil 'olhos'
da Folha de S.PauloTer o corpo inteiro recoberto por olhos não parece uma idéia lá muito agradável. Mas uma espécie de ofiuróide (parente da estrela-do-mar) chamada Ophicoma wendtii vive muito bem assim.
Divulgação Ofiuróide muda de cor do dia para a noite |
Pesquisadores de Israel e dos EUA descobriram que seu esqueleto externo é composto por um sistema de cerca de 10 mil lentes de calcita (cristais de cálcio), de 50 milésimos de milímetro cada, que formam um dos aparelhos de captação de luz mais esquisitos da natureza.
"É como um olho só, distribuído por todo o corpo", disse à Folha Alexei Tkachenko, da Lucent Technologies, co-autor da descoberta, relatada na edição de amanhã da revista científica "Nature".
O aparato faz as vezes de um olho composto, como o das moscas e o das abelhas, onde centenas de prismas captam pedaços das imagens e uma rede de nervos ópticos as transmitem para o cérebro. Mas, como o ofiuróide tem um sistema neural muito primitivo, os cientistas acreditam que ele não consiga realmente "enxergar" o mundo _apenas extrair informações vitais sobre ele, mesmo à distância.
"Foi uma surpresa. Não estávamos procurando por lentes", disse Tkachenko, cujo interesse inicial era pesquisar a estrutura cristalina do esqueleto externo do bicho. Para ele, o "olho-esqueleto" pode inspirar o desenvolvimento de novos materiais com aplicação em nanotecnologia.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice