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22/08/2001
-
21h33
da Folha de S.Paulo
Cientistas da Universidade de Michigan (EUA) propõem a criação de um perfil genético para o câncer de próstata, com o auxílio da tecnologia de chips de DNA. Isso tornaria o diagnóstico da doença muito mais preciso, permitindo a distinção entre tecidos malignos e benignos.
O câncer de próstata é o diagnosticado com mais frequência na população masculina norte-americana. O exame usado para a detecção é o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês), que verifica os níveis dessa proteína no sangue do paciente.
"No entanto, pode haver mais PSA no sangue não só de indivíduos com tumor maligno, mas também de pacientes com outro tipo de distúrbio, o adenoma benigno da próstata", explica Kenneth Pienta, um dos autores do estudo na edição de amanhã da revista científica britânica "Nature".
Isso significa que o número de resultados falsos positivos pode ser grande, pois o simples aumento da concentração de PSA no sangue não significa necessariamente que o homem está com câncer de próstata.
Dois novos genes
No estudo feito pelos cientistas de Michigan, foi comparado o padrão de ativação (expressão) de genes de vários tipos de tecido da próstata: normal, adenoma, tumor maligno localizado e já em metástase (migração das células cancerosas para outros tecidos).
Após analisarem mais de 80 chips de DNA, os pesquisadores identificaram dois genes que podem auxiliar no diagnóstico da doença: pim-1 e hepsina.
A técnica do chip de DNA consiste em colocar sobre uma lâmina de vidro milhares de cópias de genes humanos, que equivalem a padrões de determinadas sequências de DNA. Em seguida, essa referência é comparada com trechos de RNA (molécula que transmite a informação genética para os demais componentes do sistema celular) originados de diferentes tecidos do paciente sob suspeita de ter o tumor.
Os pesquisadores observaram que o gene pim-1 e o da hepsina estão mais fortemente ativados no tecido de tumores malignos. "O pim-1 e a hepsina poderiam ser marcadores mais úteis na detecção do câncer de próstata", afirma Pienta.
Chip de DNA ajuda no diagnóstico de câncer da próstata
ISABEL GERHARDTda Folha de S.Paulo
Cientistas da Universidade de Michigan (EUA) propõem a criação de um perfil genético para o câncer de próstata, com o auxílio da tecnologia de chips de DNA. Isso tornaria o diagnóstico da doença muito mais preciso, permitindo a distinção entre tecidos malignos e benignos.
O câncer de próstata é o diagnosticado com mais frequência na população masculina norte-americana. O exame usado para a detecção é o PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês), que verifica os níveis dessa proteína no sangue do paciente.
"No entanto, pode haver mais PSA no sangue não só de indivíduos com tumor maligno, mas também de pacientes com outro tipo de distúrbio, o adenoma benigno da próstata", explica Kenneth Pienta, um dos autores do estudo na edição de amanhã da revista científica britânica "Nature".
Isso significa que o número de resultados falsos positivos pode ser grande, pois o simples aumento da concentração de PSA no sangue não significa necessariamente que o homem está com câncer de próstata.
Dois novos genes
No estudo feito pelos cientistas de Michigan, foi comparado o padrão de ativação (expressão) de genes de vários tipos de tecido da próstata: normal, adenoma, tumor maligno localizado e já em metástase (migração das células cancerosas para outros tecidos).
Após analisarem mais de 80 chips de DNA, os pesquisadores identificaram dois genes que podem auxiliar no diagnóstico da doença: pim-1 e hepsina.
A técnica do chip de DNA consiste em colocar sobre uma lâmina de vidro milhares de cópias de genes humanos, que equivalem a padrões de determinadas sequências de DNA. Em seguida, essa referência é comparada com trechos de RNA (molécula que transmite a informação genética para os demais componentes do sistema celular) originados de diferentes tecidos do paciente sob suspeita de ter o tumor.
Os pesquisadores observaram que o gene pim-1 e o da hepsina estão mais fortemente ativados no tecido de tumores malignos. "O pim-1 e a hepsina poderiam ser marcadores mais úteis na detecção do câncer de próstata", afirma Pienta.
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