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06/09/2001
-
21h40
da Folha de S.Paulo
O aumento da temperatura na Antártida durante o último século foi de 1,2°C - pelo menos o dobro da média no resto do planeta, que ficou entre 0,2°C e 0,6°C, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática, órgão da ONU).
Parece uma ninharia, mas o aquecimento antártico está modificando radicalmente o ecossistema da região. É o que mostra o estudo publicado pelo britânico David Vaughan e seus colegas do British Antarctic Survey na revista "Science" desta semana. Os pesquisadores ainda não sabem se o problema tem relação com o efeito estufa ou é resultado de mecanismos naturais da região.
As áreas mais afetadas são a península Antártica e o mar de Bellinghausen, regiões a cerca de 1.500 km do sul da Argentina. Na península, sete geleiras desapareceram nos últimos 50 anos.
As mudanças nas populações de pinguins também serviram como indicativo de que as coisas não andavam bem: as espécies que usavam geleiras para se abrigar e procriar começaram a diminuir na região, enquanto os pinguins acostumados a mar aberto colonizaram a península. "Ninhais que eram ocupados há 650 anos sumiram", contou David Vaughan à Folha.
O pesquisador, contudo, ainda não está convencido de que o vilão antártico seja o efeito estufa. "Há fortes evidências de que esse tipo de mudança, numa escala de décadas, pode acontecer naturalmente", disse.
Aquecimento da Antártida em cem anos foi o dobro da média global
REINALDO JOSÉ LOPESda Folha de S.Paulo
O aumento da temperatura na Antártida durante o último século foi de 1,2°C - pelo menos o dobro da média no resto do planeta, que ficou entre 0,2°C e 0,6°C, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática, órgão da ONU).
Parece uma ninharia, mas o aquecimento antártico está modificando radicalmente o ecossistema da região. É o que mostra o estudo publicado pelo britânico David Vaughan e seus colegas do British Antarctic Survey na revista "Science" desta semana. Os pesquisadores ainda não sabem se o problema tem relação com o efeito estufa ou é resultado de mecanismos naturais da região.
As áreas mais afetadas são a península Antártica e o mar de Bellinghausen, regiões a cerca de 1.500 km do sul da Argentina. Na península, sete geleiras desapareceram nos últimos 50 anos.
As mudanças nas populações de pinguins também serviram como indicativo de que as coisas não andavam bem: as espécies que usavam geleiras para se abrigar e procriar começaram a diminuir na região, enquanto os pinguins acostumados a mar aberto colonizaram a península. "Ninhais que eram ocupados há 650 anos sumiram", contou David Vaughan à Folha.
O pesquisador, contudo, ainda não está convencido de que o vilão antártico seja o efeito estufa. "Há fortes evidências de que esse tipo de mudança, numa escala de décadas, pode acontecer naturalmente", disse.
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