Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/09/2001 - 18h24

Depressão entre norte-americanos cresce depois de atentados

da France Presse, em Washington

Um estudo divulgado hoje afirma que a maior parte dos norte-americanos se sentem profundamente deprimidos pelos ataques terroristas sofridos no último dia 11 de setembro. O estudo aponta ainda que muitos estão sofrendo de distúrbios no sono e dificuldades para se concentrar em suas atividades cotidianas.

Segundo o estudo desenvolvido pelo centro de pesquisa Pew de Washington, entre 71% dos norte-americanos que admitem estar deprimidos, a maior parte reside nas costas leste e oeste do país.

O relatório aponta ainda que cerca de oito de cada 10 mulheres sofrem de depressão, contra 62% dos homens.

Os autores do estudo comentam que as pessoas consultadas falam de "um grande trauma psicológico causado por estes acontecimentos extraordinários".

O efeito deprimente destes ataques _cujo balanço é de aproximadamente 6.000 mortos_ é mais marcante nas pessoas que têm filhos (76%) do que nas pessoas que não os têm (69%).

Quatro de cada dez mulheres sofrem de insônia vinculada aos ataques, contra 26% dos homens. Mas entre os moradores das duas costas, seis de cada dez sofrem de problemas de concentração, um efeito dos atentados que só atinge 47% das pessoas que vivem nas regiões centrais dos Estados Unidos.

As orações têm sido a resposta de 69% dos norte-americanos consultados, e mais da quarta parte deles considerou evitar viajar em avião depois que os terroristas transformaram em mísseis três aparelhos de linha que tinham sequestrado.

O estudo feito pelo instituto entre 13 e 17 de setembro, com 1.200 pessoas, demonstra que os episódios tiveram um impacto psicológico muito mais forte do que a última grande crise militar (guerra do Golfo) durante a qual 50% dos norte-americanos se sentiram deprimidos.

Apesar de afetados, 82% dos interrogados disseram concordar com uma ação militar contra os países que apóiam os terroristas. 77% aprovam a mobilização de tropas terrestres, inclusive se se traduzir em milhares de mortos.

Os norte-americanos também se manifestam amplamente a favor da cobertura dos atentados pela mídia, embora admitam unanimente que as imagens difundidas contribuíram para fortalecer seu sentimento de temor e angústia.

O relatório mostra ainda que 63% das pessoas consultadas admitiram que não podiam se despregar da tela de televisão, e mais de um terço delas expressaram claramente o sentimento de temor que as imagens despertaram.

A televisão dominou amplamente toda a mídia como fonte de informação, 90% dos norte-americanos a utilizaram, inclusive entre os usuários da internet, dos quais 88% escolheram a televisão em detrimento da web.

Contudo, internet se recuperou nos dias seguintes ao ataque. Um terço dos habitantes e 50% de seus usuários habituais se serviram da rede para acompanhar o desenvolvimento da crise e as ações terroristas contra os EUA.

Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página