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11/10/2001 - 21h18

Magnetismo orienta a vida de tartarugas

da Folha de S.Paulo

Um estudo recente mostrou que uma espécie de tartaruga marinha tem a habilidade de sentir o campo magnético a que está submetida e usa essa percepção para se orientar. Um experimento com esse réptil está descrito na edição de amanhã da revista "Science" (www.sciencemag.org), que traz também um artigo sobre o uso de uma "bússola orgânica" semelhante em toupeiras.

A pesquisa com as tartarugas-cabeçudas (Caretta caretta) mostra que elas usam essa habilidade para manter-se na direção correta de uma rota de migração de 13 mil quilômetros no oceano. Esse caminho corresponde ao ciclo de correntes do Giro do Atlântico Norte, área ao redor do mar dos Sargassos com temperatura e habitat favoráveis a esses répteis.

Em um experimento realizado pela Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, o biólogo Kenneth Lohmann reproduziu dentro de um tanque cercado de bobinas elétricas as condições magnéticas (direção e intensidade) de três pontos distintos situados na borda do Giro do Atlântico. Eles correspondem a locais em que as tartarugas estariam, caso estivessem se desviando da rota.

A maioria dos filhotes colocados dentro do tanque que reproduzia os vetores magnéticos da Flórida (local onde as tartarugas desovam) nadou na direção que seria a correta para retomar as correntes do Giro do Atlântico.

Outro ponto da rota simulado no tanque foi um próximo à Europa, onde os animais precisam tomar a direção correta para evitar correntes que levam ao gélido mar do Norte. Nesse caso, as tartarugas nadaram para o sul.

Toupeiras

Um estudo realizado por pesquisadores tchecos e alemães, concluiu que uma espécie de toupeira da Zâmbia (Cryptomys anselli) usa uma parte específica do cérebro, o colículo superior, para processar informações da bússola orgânica. Acredita-se que os roedores usam a sensibilidade magnética para fazer um "mapa mental" dos arredores de suas tocas.
 

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