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09/10/2000
-
17h59
em Washington
Uma vaca está gerando um clone de uma espécie de boi asiático selvagem em vias de extinção, um avanço da biotecnologia que poderá abrir as portas a outras tentativas de salvar espécies ameaçadas, segundo a última edição da revista "Cloning".
Se tudo sair de acordo com o planejado, Bessie, uma vaca de Iowa, vai parir no final de novembro ao pequeno Noé, graças a cientistas americanos da ACT (Advanced Cell Technology), de Worcester (Massachusetts).
Cerca de 36.000 espécimes do gauro asiático, um grande búfalo da montanha, ainda vivem em estado selvagem no Nepal, Índia, Indochina e Malásia, onde são vítimas da caça intensiva e do desaparecimento de seu habitat natural (pradarias, bosques de bambu e selvas).
Noé "será a prova viva de que um animal pode parir a réplica genética exata ou clone de um animal de uma espécie diferente", informam os cientistas Robert Lanza, Betsy Dresser e Philip Damiani, em artigo que da revista "Scientific American".
Para criar o clone, foram selecionadas células de pele de um gauro macho, posteriormente implantadas em 692 óvulos de vaca, previamente privados de seu núcleo.
Depois esses embriões foram colocados em 32 vacas. Oito delas ficaram prenhas, cinco sofreram aborto natural, duas foram induzidas ao aborto com fins científicos para estudar os fetos e uma vaca pôde continuar a gestação.
"Noé será a primeira criatura da arca das espécies ameaçadas que nós e outros cientistas tentamos clonar. Há projetos em marcha para clonar o antílope bongo, o tigre de Sumatra assim como o animal favorito dos visitantes do zoológico, o panda gigante", disseram os cientistas.
Se a clonagem interespécies se tornar possível, seria possível ressuscitar espécies desaparecidas, como a cabra dos Pirineus (também chamada cabra ibérica).
A última destas cabras morreu no começo do ano, quando uma árvore partiu-lhe o crânio, mas pesquisadores espanhóis conseguiram com êxito preservar algumas de suas células.
Uma centena de espécies desaparece a cada dia. Estima-se que 11% das espécies de aves, 25% das de mamíferos e 34% das de peixes estão atualmente ameaçadas de extinção.
Leia mais notícias de ciência na Folha Online
Clonagem pretende salvar espécie de boi asiático
da France Presseem Washington
Uma vaca está gerando um clone de uma espécie de boi asiático selvagem em vias de extinção, um avanço da biotecnologia que poderá abrir as portas a outras tentativas de salvar espécies ameaçadas, segundo a última edição da revista "Cloning".
Se tudo sair de acordo com o planejado, Bessie, uma vaca de Iowa, vai parir no final de novembro ao pequeno Noé, graças a cientistas americanos da ACT (Advanced Cell Technology), de Worcester (Massachusetts).
Cerca de 36.000 espécimes do gauro asiático, um grande búfalo da montanha, ainda vivem em estado selvagem no Nepal, Índia, Indochina e Malásia, onde são vítimas da caça intensiva e do desaparecimento de seu habitat natural (pradarias, bosques de bambu e selvas).
Noé "será a prova viva de que um animal pode parir a réplica genética exata ou clone de um animal de uma espécie diferente", informam os cientistas Robert Lanza, Betsy Dresser e Philip Damiani, em artigo que da revista "Scientific American".
Para criar o clone, foram selecionadas células de pele de um gauro macho, posteriormente implantadas em 692 óvulos de vaca, previamente privados de seu núcleo.
Depois esses embriões foram colocados em 32 vacas. Oito delas ficaram prenhas, cinco sofreram aborto natural, duas foram induzidas ao aborto com fins científicos para estudar os fetos e uma vaca pôde continuar a gestação.
"Noé será a primeira criatura da arca das espécies ameaçadas que nós e outros cientistas tentamos clonar. Há projetos em marcha para clonar o antílope bongo, o tigre de Sumatra assim como o animal favorito dos visitantes do zoológico, o panda gigante", disseram os cientistas.
Se a clonagem interespécies se tornar possível, seria possível ressuscitar espécies desaparecidas, como a cabra dos Pirineus (também chamada cabra ibérica).
A última destas cabras morreu no começo do ano, quando uma árvore partiu-lhe o crânio, mas pesquisadores espanhóis conseguiram com êxito preservar algumas de suas células.
Uma centena de espécies desaparece a cada dia. Estima-se que 11% das espécies de aves, 25% das de mamíferos e 34% das de peixes estão atualmente ameaçadas de extinção.
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