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09/10/2000
-
20h42
O Prêmio Nobel de medicina 2000 foi concedido hoje para Arvid Carlsson, Paul Greengard e Eric Kandel por seus trabalhos sobre a transmissão do sinal no sistema nervoso.
Os trabalhos dos três premiados permitiram uma compreensão melhor do mal de Parkinson e resultaram na elaboração de medicamentos eficazes contra a doença.
Os pesquisadores premiados receberão o Nobel (e cerca de US$ 1 milhão _R$ 1,8 milhão) na cerimônia oficial que será realizada na capital sueca (Estocolmo), no dia 10 de dezembro.
Veja o perfil e as reações de cada um dos cientistas ao serem comunicados do prêmio.
ERIC KANDEL
O professor Eric Kandel, 70, nasceu em Viena (capital da Áustria) e naturalizou-se norte-americano. Atualmente trabalha no Centro de Neurobiologia da Universidade Columbia de Nova York. Com eles, são 81 os norte-americanos e sete os suecos que receberam o prêmio.
Kandel declarou estar "muito privilegiado e humilde", poucas horas depois de ter recebido uma ligação de Estocolmo, comunicando-lhe a notícia.
Durante uma entrevista coletiva no auditório da Universidade de Columbia, onde é professor, Kandel, que nasceu na Áustria há 70 anos, assegurou que se sentia "muito agradecido às instituições e às pessoas" que o apoiaram em sua carreira.
Expressou agradecimento especial à sua esposa Denise, que é francesa, professora de sociologia de Columbia, que "me fez entrar nesta universidade e tem sido uma imensa fonte de inspiração".
"Nasci na Áustria e vim para os Estados Unidos a pedido de Adolf Hitler, que me pediu para partir pouco depois de chegar ao poder", disse.
Kandel começou com estudos literários e decidiu-se pela psiquiatria, e desde aquela época passou a se interessar pelo funcionamento do cérebro.
Desde então não deixou a neurobiologia e seus trabalhos tem permitido esclarecer os mecanismos elementares de aquisição e manutenção da memória.
Também demonstrou que o funcionamento das sinapses _pontos de contato entre os bilhões de neurônios do cérebro_ era essencial para o desenvolvimento da memória.
Perguntado sobre o que pensava fazer com seu prêmio, respondeu "não tenho idéia precisa... mas Denise tem um monte de idéias".
PAUL GREENGARD
O americano Paul Greengard, 74, nasceu em Nova York e trabalha no laboratório da neurologia molecular e celular da Universidade Rockefeller, de Nova York.
Greengard fez a maior parte de sua carreira na Universidade Rockefeller de Nova York. Doutorou-se em 1953 na Universidade John Hopkins de Baltimore (Maryland) antes de estudos pós-doutoraisnas universidades de Londres e Cambridge (Grã-Bretanha), e no NIH (Instituto Nacional de Saúde) de Bethesda (Maryland).
Trabalhou depois sucessivamente nos laboratórios Geigy de Ardsley, em Nova York (1959-1967), no Colégio de Medicina Albert Einstein (1961-1970) e na faculdade de Farmácia da Universidade de Yale, Connecticut (1968-1983).
Entre as muitas distinções que recebeu ao longo de sua carreira destaca-se o Prêmio da Academia americana de ciências (1993) e o prêmio Lieber, que recompensou suas pesquisas sobre esquizofrenia (1996).
ARVID CARLSSON
O sueco Arvid Carlsson, 77, nasceu em 25 de janeiro de 1923, em Uppsala (Suécia), e dirige o departamento de Farmacologia da Universidade de Gõtemburg.
Carlsson fez seus estudos e se formou em medicina em 1951 na Universidade de Lund. No mesmo ano, entrou como professor adjunto no mesmo estabelecimento, onde trabalhou até 1956.
Em 1959, transferiu-se para a faculdade de farmacologia da Universidade de Goteburgo, da qual é catedrático emérito desde 1989.
Atualmente aposentado, Carlsson recebeu 30 prêmios e distinções científicas durante sua carreira, que vem a ser coroada agora com o Nobel de medicina.
Entre outros, recebeu o prêmio Anders Jahre da Universidade de Oslo (1974), o da Fundação Gairdner de Toronto (1982), o prêmio Bristol-Myers junto com Paul Greengard (1989), o Paul Hoch da Associação Americana de Psicopatologia (1990), o da Fundação Jansen de Paris (1992), o da Fundação Lundbeck de Roskilde (1995), o prêmio do Instituto Max-Planck de Munique (1997) e o da Universidade de Bari (1999).
As informações são da France Presse.
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da Folha OnlineO Prêmio Nobel de medicina 2000 foi concedido hoje para Arvid Carlsson, Paul Greengard e Eric Kandel por seus trabalhos sobre a transmissão do sinal no sistema nervoso.
Os trabalhos dos três premiados permitiram uma compreensão melhor do mal de Parkinson e resultaram na elaboração de medicamentos eficazes contra a doença.
Os pesquisadores premiados receberão o Nobel (e cerca de US$ 1 milhão _R$ 1,8 milhão) na cerimônia oficial que será realizada na capital sueca (Estocolmo), no dia 10 de dezembro.
Veja o perfil e as reações de cada um dos cientistas ao serem comunicados do prêmio.
Reuters Eric Kandel |
ERIC KANDEL
O professor Eric Kandel, 70, nasceu em Viena (capital da Áustria) e naturalizou-se norte-americano. Atualmente trabalha no Centro de Neurobiologia da Universidade Columbia de Nova York. Com eles, são 81 os norte-americanos e sete os suecos que receberam o prêmio.
Kandel declarou estar "muito privilegiado e humilde", poucas horas depois de ter recebido uma ligação de Estocolmo, comunicando-lhe a notícia.
Durante uma entrevista coletiva no auditório da Universidade de Columbia, onde é professor, Kandel, que nasceu na Áustria há 70 anos, assegurou que se sentia "muito agradecido às instituições e às pessoas" que o apoiaram em sua carreira.
Expressou agradecimento especial à sua esposa Denise, que é francesa, professora de sociologia de Columbia, que "me fez entrar nesta universidade e tem sido uma imensa fonte de inspiração".
"Nasci na Áustria e vim para os Estados Unidos a pedido de Adolf Hitler, que me pediu para partir pouco depois de chegar ao poder", disse.
Kandel começou com estudos literários e decidiu-se pela psiquiatria, e desde aquela época passou a se interessar pelo funcionamento do cérebro.
Desde então não deixou a neurobiologia e seus trabalhos tem permitido esclarecer os mecanismos elementares de aquisição e manutenção da memória.
Também demonstrou que o funcionamento das sinapses _pontos de contato entre os bilhões de neurônios do cérebro_ era essencial para o desenvolvimento da memória.
Perguntado sobre o que pensava fazer com seu prêmio, respondeu "não tenho idéia precisa... mas Denise tem um monte de idéias".
France Presse Paul Greengard |
PAUL GREENGARD
O americano Paul Greengard, 74, nasceu em Nova York e trabalha no laboratório da neurologia molecular e celular da Universidade Rockefeller, de Nova York.
Greengard fez a maior parte de sua carreira na Universidade Rockefeller de Nova York. Doutorou-se em 1953 na Universidade John Hopkins de Baltimore (Maryland) antes de estudos pós-doutoraisnas universidades de Londres e Cambridge (Grã-Bretanha), e no NIH (Instituto Nacional de Saúde) de Bethesda (Maryland).
Trabalhou depois sucessivamente nos laboratórios Geigy de Ardsley, em Nova York (1959-1967), no Colégio de Medicina Albert Einstein (1961-1970) e na faculdade de Farmácia da Universidade de Yale, Connecticut (1968-1983).
Entre as muitas distinções que recebeu ao longo de sua carreira destaca-se o Prêmio da Academia americana de ciências (1993) e o prêmio Lieber, que recompensou suas pesquisas sobre esquizofrenia (1996).
France Presse Arvid Carlsson |
ARVID CARLSSON
O sueco Arvid Carlsson, 77, nasceu em 25 de janeiro de 1923, em Uppsala (Suécia), e dirige o departamento de Farmacologia da Universidade de Gõtemburg.
Carlsson fez seus estudos e se formou em medicina em 1951 na Universidade de Lund. No mesmo ano, entrou como professor adjunto no mesmo estabelecimento, onde trabalhou até 1956.
Em 1959, transferiu-se para a faculdade de farmacologia da Universidade de Goteburgo, da qual é catedrático emérito desde 1989.
Atualmente aposentado, Carlsson recebeu 30 prêmios e distinções científicas durante sua carreira, que vem a ser coroada agora com o Nobel de medicina.
Entre outros, recebeu o prêmio Anders Jahre da Universidade de Oslo (1974), o da Fundação Gairdner de Toronto (1982), o prêmio Bristol-Myers junto com Paul Greengard (1989), o Paul Hoch da Associação Americana de Psicopatologia (1990), o da Fundação Jansen de Paris (1992), o da Fundação Lundbeck de Roskilde (1995), o prêmio do Instituto Max-Planck de Munique (1997) e o da Universidade de Bari (1999).
As informações são da France Presse.
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