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22/11/2001
-
18h01
Os astronautas que viajarem no futuro para Marte poderão sofrer transtornos graves do sono em consequência de um mecanismo cerebral acostumado ao ritmo da Terra.
Esta nova preocupação com as viagens espaciais surgiu com os resultados de uma investigação realizada com astronautas da antiga estação espacial russa Mir e também com animais.
O cérebro possui um Marcador Circadiano Endógeno (ECP, na sigla em inglês), que regula o sono, a atenção e a química cerebral.
Este marcador se formou ao longo da evolução do ser humano para manter um ritmo de 24 horas, condicionado pelo período de rotação da Terra em torno do Sol.
O dia e a noite, os períodos de sono ou de vigília, até a fadiga que o corpo registra, bem como a temperatura do organismo são fatores que mantêm uma relação direta com o marcador ECP.
As pesquisas na situação de ausência de gravidade foram realizadas sob a orientação do professor de psiquiatria Timithy Monk, da Universidade de Pittsburgh. Segundo o estudo, o marcador deixa de funcionar corretamente 90 dias depois de abandonar a Terra.
Uma viagem de ida e volta ao planeta vermelho demorará cerca de um ano e os astronautas que a fizerem podem sofrer transtornos no seu ritmo circadiano se não conseguirem convencer o cérebro de que as condições da Terra permanecem válidas, afirma Monk.
"O nosso estudo indica que necessitaremos encontrar métodos para enganar o marcador ECP do cérebro e manter um ciclo inalterado de 24 horas se quisermos ter êxito em missões espaciais de longa duração", disse o investigador.
Sabe-se hoje que a alternância entre a vigília e o sono resulta da ação de diversas substâncias intimamente ligadas ao ritmo circadiano de 24 horas.
O corpo humano obedece a relógios internos escondidos no hipotálamo. Quando os ritmos naturais são alterados, o organismo se sente confuso.
O trabalho noturno, a maneira de viver, a longa madrugada do fim-de-semana ou as viagens que implicam grandes mudanças horárias podem provocar distúrbios de sono.
Quando o homem dorme, a temperatura diminui, favorecendo o ato de dormir. Por volta das 3h, a glândula pineal (situada no centro do cérebro) libera melatonina, hormônio responsável por "abrir as portas ao sono" e melhorar a qualidade do sono paradoxal.
Ao amanhecer, a luz inibe a atividade da glândula pineal, refreando a produção de melatonina.
Leia mais notícias da Agência Lusa
Astronautas que voarem para Marte poderão ter problemas de sono
da Agência LusaOs astronautas que viajarem no futuro para Marte poderão sofrer transtornos graves do sono em consequência de um mecanismo cerebral acostumado ao ritmo da Terra.
Esta nova preocupação com as viagens espaciais surgiu com os resultados de uma investigação realizada com astronautas da antiga estação espacial russa Mir e também com animais.
O cérebro possui um Marcador Circadiano Endógeno (ECP, na sigla em inglês), que regula o sono, a atenção e a química cerebral.
Este marcador se formou ao longo da evolução do ser humano para manter um ritmo de 24 horas, condicionado pelo período de rotação da Terra em torno do Sol.
O dia e a noite, os períodos de sono ou de vigília, até a fadiga que o corpo registra, bem como a temperatura do organismo são fatores que mantêm uma relação direta com o marcador ECP.
As pesquisas na situação de ausência de gravidade foram realizadas sob a orientação do professor de psiquiatria Timithy Monk, da Universidade de Pittsburgh. Segundo o estudo, o marcador deixa de funcionar corretamente 90 dias depois de abandonar a Terra.
Uma viagem de ida e volta ao planeta vermelho demorará cerca de um ano e os astronautas que a fizerem podem sofrer transtornos no seu ritmo circadiano se não conseguirem convencer o cérebro de que as condições da Terra permanecem válidas, afirma Monk.
"O nosso estudo indica que necessitaremos encontrar métodos para enganar o marcador ECP do cérebro e manter um ciclo inalterado de 24 horas se quisermos ter êxito em missões espaciais de longa duração", disse o investigador.
Sabe-se hoje que a alternância entre a vigília e o sono resulta da ação de diversas substâncias intimamente ligadas ao ritmo circadiano de 24 horas.
O corpo humano obedece a relógios internos escondidos no hipotálamo. Quando os ritmos naturais são alterados, o organismo se sente confuso.
O trabalho noturno, a maneira de viver, a longa madrugada do fim-de-semana ou as viagens que implicam grandes mudanças horárias podem provocar distúrbios de sono.
Quando o homem dorme, a temperatura diminui, favorecendo o ato de dormir. Por volta das 3h, a glândula pineal (situada no centro do cérebro) libera melatonina, hormônio responsável por "abrir as portas ao sono" e melhorar a qualidade do sono paradoxal.
Ao amanhecer, a luz inibe a atividade da glândula pineal, refreando a produção de melatonina.
Leia mais notícias da Agência Lusa
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