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18/01/2002 - 21h19

Terapia com células-tronco regenera coração sem cirurgia

da Agência Lusa

Uma equipe do Hospital Geral de Viena (Suíça) conseguiu, pela primeira vez no mundo, aplicar uma terapia de células-tronco sem intervenção cirúrgica em um paciente infartado.

Ao contrário de outra operação realizada no mesmo hospital há cerca de três meses, desta vez a equipe médica evitou o bisturi, servindo-se apenas de um cateter para injetar as células-tronco.

Segundo os especialistas, as células-tronco provenientes da medula óssea e que se encontram, ainda que em número reduzido, no sangue do paciente, estão em condições de formar novas células para recompor vasos sanguíneos e fortalecer o músculo cardíaco.

A operação permitiu provar que as injeções de células-tronco efetuadas com precisão na zona marginal do infarto levam a uma regeneração do músculo danificado do coração.

Há três dias, um paciente de 57 anos recebeu, oito semanas depois de um infarto grave, e sem anestesia geral, injeções de células-tronco que, segundo se espera, provocarão o crescimento de vasos sanguíneos e o restabelecimento do rendimento muscular.

Segundo o método utilizado, em uma reconstrução tridimensional do ventrículo esquerdo feita por uma sonda mede-se em 200 pontos a atividade elétrica e mecânica do coração, e de acordo com estas medições são injetadas as células-tronco nas áreas afetadas.

O procedimento serve para registar a atividade dos músculos e selecionar aqueles que, apesar de estarem prejudicados pelo infarto, não estão totalmente inativos, já que emitem impulsos elétricos, estando aptos para uma reanimação. Os resultados poderão ser checados em algumas semanas.

Resultados similares foram obtidos antes pelo médico Alfred Kocher, do Hospital Geral de Viena, que provou em animais o efeito da terapia com células-tronco durante experiências na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.

Kocher conseguiu detectar os angioblastos, uma espécie de células-tronco contidas no sangue humano que se revelam aptas para este tipo de tratamento. Ele foi o primeiro a demonstrar que injeções destas células podem regenerar o músculo cardíaco dos pacientes afetados por um infarto.

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