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29/01/2002
-
19h48
Um asteróide de grandes dimensões que colidiu com a Terra pode ter causado a extinção da vida há 250 milhões de anos, segundo novas provas encontradas pela Nasa, a agência espacial norte-americana.
A catástrofe, segundo averiguaram vários estudos paleontológicos e geológicos, foi superior a que causou o desaparecimento dos dinossauros há cerca de 65 milhões de anos.
No entanto, as causas da "Grande Extinção", também denominada de "Paleozóico-Triásico", nunca foram explicadas.
Luann Becker, geólogo da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (EUA), que dirigiu uma equipe de pesquisadores da Nasa, encontrou, sepultadas pelo tempo e os sedimentos, pequenas cápsulas de gás cósmico que podem ajudar a resolver o enigma.
As cápsulas são estruturas geométricas esféricas formadas por átomos de carbono e possuem, no seu interior, um raro número de isótopos de hélio e argônio que, pelo menos na forma encontrada, são mais comuns no espaço do que na Terra.
Algo semelhante a um cometa ou a um asteróide teve de trazer essas cápsulas para o nosso planeta.
As cápsulas, cuja forma faz lembrar uma bola de futebol, são também conhecidas por "fullerenos", em memória do engenheiro Buckminster Fuller que criou as cúpulas geodésicas, e podem ser a chave para explicar o que de fato aconteceu há 250 milhões de anos.
A transição entre o período Paleozóico e o Triásico aconteceu exatamente há 248 milhões de anos, segundo os manuais que estabelecem as idades geológicas do nosso planeta, que tem mais de 4.500 milhões de anos.
Na altura registou-se um desenvolvimento da vida animal e vegetal no planeta como nunca se tinha verificado antes, segundo testemunham os registos fósseis da época.
Inesperadamente, nove em cada dez organismos marinhos e sete em cada dez espécies terrestres, animais ou vegetais, desapareceram.
A hipótese de um asteróide cujo impacto fosse capaz de destruir a vida deste modo foi alvo de polêmica durante anos e muitos cientistas não a confirmavam por considerarem que a extinção, ao invés de ser instantânea, foi paulatina, durante milhões de anos.
No entanto, os métodos que a ciência utiliza atualmente para efetuar medições permitem situar entre 8.000 a 100.000 anos o período no qual se produziu a transformação e isso, em termos geológicos, é um "instante', sublinhou a Nasa.
A equipe de Luann Becker encontrou "fullerenos" nos sedimentos rochosos que se relacionam com outros dois grandes impactos de cometas ou asteróides.
Um é o que pode ter ocorrido há 65 milhões de anos e que causou o desaparecimento dos dinossauros, e o outro, mais antigo, situa-se há 1,8 milhão de anos, muito antes de aparecerem os primeiros organismos multicelulares.
"Acredito que os paleontólogos estão agora a mudar de opinião e começam a considerar que a extinção foi extremamente abrupta", afirma Becker. "Na escala do tempo geológico, a vida desapareceu rapidamente, o que necessita de algo catastrófico para ocorrer", disse o pesquisador.
A equipe de Becker encontrou também cápsulas de gás cósmico, com gases semelhantes contidos no seu interior, em alguns meteoritos provenientes do espaço.
Todas estas provas, segundo a Nasa, compõem um conjunto de evidências que poderão confirmar a idéia de que uma rocha espacial de grandes proporções (aproximadamente 6 a 12 quilômetros de diâmetro) colidiu com a Terra, originando a extinção em grande escala.
Leia mais notícias da Agência Lusa
Nasa tem provas do impacto de asteróide que dizimou vida na Terra
da Agência LusaUm asteróide de grandes dimensões que colidiu com a Terra pode ter causado a extinção da vida há 250 milhões de anos, segundo novas provas encontradas pela Nasa, a agência espacial norte-americana.
A catástrofe, segundo averiguaram vários estudos paleontológicos e geológicos, foi superior a que causou o desaparecimento dos dinossauros há cerca de 65 milhões de anos.
No entanto, as causas da "Grande Extinção", também denominada de "Paleozóico-Triásico", nunca foram explicadas.
Luann Becker, geólogo da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (EUA), que dirigiu uma equipe de pesquisadores da Nasa, encontrou, sepultadas pelo tempo e os sedimentos, pequenas cápsulas de gás cósmico que podem ajudar a resolver o enigma.
As cápsulas são estruturas geométricas esféricas formadas por átomos de carbono e possuem, no seu interior, um raro número de isótopos de hélio e argônio que, pelo menos na forma encontrada, são mais comuns no espaço do que na Terra.
Algo semelhante a um cometa ou a um asteróide teve de trazer essas cápsulas para o nosso planeta.
As cápsulas, cuja forma faz lembrar uma bola de futebol, são também conhecidas por "fullerenos", em memória do engenheiro Buckminster Fuller que criou as cúpulas geodésicas, e podem ser a chave para explicar o que de fato aconteceu há 250 milhões de anos.
A transição entre o período Paleozóico e o Triásico aconteceu exatamente há 248 milhões de anos, segundo os manuais que estabelecem as idades geológicas do nosso planeta, que tem mais de 4.500 milhões de anos.
Na altura registou-se um desenvolvimento da vida animal e vegetal no planeta como nunca se tinha verificado antes, segundo testemunham os registos fósseis da época.
Inesperadamente, nove em cada dez organismos marinhos e sete em cada dez espécies terrestres, animais ou vegetais, desapareceram.
A hipótese de um asteróide cujo impacto fosse capaz de destruir a vida deste modo foi alvo de polêmica durante anos e muitos cientistas não a confirmavam por considerarem que a extinção, ao invés de ser instantânea, foi paulatina, durante milhões de anos.
No entanto, os métodos que a ciência utiliza atualmente para efetuar medições permitem situar entre 8.000 a 100.000 anos o período no qual se produziu a transformação e isso, em termos geológicos, é um "instante', sublinhou a Nasa.
A equipe de Luann Becker encontrou "fullerenos" nos sedimentos rochosos que se relacionam com outros dois grandes impactos de cometas ou asteróides.
Um é o que pode ter ocorrido há 65 milhões de anos e que causou o desaparecimento dos dinossauros, e o outro, mais antigo, situa-se há 1,8 milhão de anos, muito antes de aparecerem os primeiros organismos multicelulares.
"Acredito que os paleontólogos estão agora a mudar de opinião e começam a considerar que a extinção foi extremamente abrupta", afirma Becker. "Na escala do tempo geológico, a vida desapareceu rapidamente, o que necessita de algo catastrófico para ocorrer", disse o pesquisador.
A equipe de Becker encontrou também cápsulas de gás cósmico, com gases semelhantes contidos no seu interior, em alguns meteoritos provenientes do espaço.
Todas estas provas, segundo a Nasa, compõem um conjunto de evidências que poderão confirmar a idéia de que uma rocha espacial de grandes proporções (aproximadamente 6 a 12 quilômetros de diâmetro) colidiu com a Terra, originando a extinção em grande escala.
Leia mais notícias da Agência Lusa
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