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28/02/2002
-
22h23
da Folha de S.Paulo
Um grupo de cientistas da Suíça e da França conseguiu determinar quanto tempo o planeta Terra levou para se formar, durante os estágios iniciais de evolução do Sistema Solar: entre 20 e 30 milhões de anos.
Pode parecer irrelevante, mas a nova estimativa reconciliou os dados de observações com o modelo teórico de formação de planetas rochosos, como Terra e Marte, dando a entender que a ciência está no caminho certo para explicar seu surgimento.
As análises anteriores sugeriam que a Terra teria levado pelo menos 50 milhões de anos para acumular toda a sua massa a partir do disco de poeira que existia em volta do Sol durante a formação dos planetas.
"A alta estimativa inicial empurrava as coisas para muito longe no tempo", disse à Folha Brigitte Zanda, do Museu Nacional de História Natural da França, co-autora do estudo, que sai hoje na revista "Science" (www.sciencemag.org).
A equipe determinou o tempo de formação da Terra estudando em meteoritos muito antigos a taxa de decaimento de átomos de nióbio em zircônio. Sabe-se que certos átomos perdem alguns pedaços e se transformam uns nos outros com o tempo. Conhecendo a proporção existente entre átomos que decaíram e que permaneceram intactos, é possível aferir quanto tempo tem a amostra original.
A técnica de medição permitirá outras aplicações importantes em astronomia. "Agora que o cronômetro foi determinado, o próximo passo é usá-lo. Ele permitirá que datemos eventos que aconteceram muito depois da formação do Sistema Solar. Por exemplo, a formação da Lua", diz Zanda.
"Cronômetro" atômico diz quanto tempo durou a formação da Terra
SALVADOR NOGUEIRAda Folha de S.Paulo
Um grupo de cientistas da Suíça e da França conseguiu determinar quanto tempo o planeta Terra levou para se formar, durante os estágios iniciais de evolução do Sistema Solar: entre 20 e 30 milhões de anos.
Pode parecer irrelevante, mas a nova estimativa reconciliou os dados de observações com o modelo teórico de formação de planetas rochosos, como Terra e Marte, dando a entender que a ciência está no caminho certo para explicar seu surgimento.
As análises anteriores sugeriam que a Terra teria levado pelo menos 50 milhões de anos para acumular toda a sua massa a partir do disco de poeira que existia em volta do Sol durante a formação dos planetas.
"A alta estimativa inicial empurrava as coisas para muito longe no tempo", disse à Folha Brigitte Zanda, do Museu Nacional de História Natural da França, co-autora do estudo, que sai hoje na revista "Science" (www.sciencemag.org).
A equipe determinou o tempo de formação da Terra estudando em meteoritos muito antigos a taxa de decaimento de átomos de nióbio em zircônio. Sabe-se que certos átomos perdem alguns pedaços e se transformam uns nos outros com o tempo. Conhecendo a proporção existente entre átomos que decaíram e que permaneceram intactos, é possível aferir quanto tempo tem a amostra original.
A técnica de medição permitirá outras aplicações importantes em astronomia. "Agora que o cronômetro foi determinado, o próximo passo é usá-lo. Ele permitirá que datemos eventos que aconteceram muito depois da formação do Sistema Solar. Por exemplo, a formação da Lua", diz Zanda.
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