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21/03/2002
-
23h18
Uma fundação norte-americana vai investir milhões de dólares na pesquisa sobre células-tronco na Suécia e poderá ser seguida por vários pesquisadores e laboratórios se persistirem as normas em vigor nos Estados Unidos.
"Poderemos vir a acolher muitos cientistas norte-americanos na Europa", afirmou hoje a secretária do Departamento de Assuntos Sociais e Humanos do Conselho Sueco (VR) para a Pesquisa, Harriet Wallberg Henriksson, durante uma conferência de imprensa.
A Fundação Norte-Americana para a Pesquisa sobre a Diabetes dos Jovens (JDRF, sigla em inglês) vai contribuir com uma verba de US$ 4,9 milhões para o programa quinquenal de financiamento da pesquisa sobre células-tronco ou estaminais, apresentado hoje pelo VR.
Este investimento é duas vezes superior às contribuições acumuladas pelo VR e pelo Fundo destinado à pesquisa da federação sueca para a diabetes.
Para Harriet Wallberg Henriksson, a oposição à pesquisa sobre células-tronco embrionária ganhou força depois de agosto de 2001, quando George W. Bush fixou as regras éticas para a pesquisa com células-tronco embrionárias.
O presidente norte-americano fixou o dia 9 de agosto de 2001 como data limite de destruição de embriões para fornecer as linhagens de células-tronco passíveis de serem financiadas por fundos públicos.
As linhagens de células estaminais embrionárias aprovadas para pesquisa financiada por fundos federais norte-americanos são agora 72.
O Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos divulgou na Internet (http://www.nih.gov) uma lista das linhagens aprovadas, que designou como "registo das células estaminais humanas embrionárias".
O registo faz parte de um sistema estabelecido pela administração Bush depois de os planos de pesquisa nesta área terem dado origem a acesos debates entre alguns grupos científicos e organizações religiosas conservadoras.
De acordo com as regras definidas, os cientistas que queiram candidatar-se a uma bolsa governamental para estudar as células estaminais embrionárias têm de selecionar uma das linhagens que conste do registo.
O NIH listou 11 entidades internacionais que possuem linhagens de células que obedecem aos critérios definidos por George W. Bush para obter fundos federais.
A Universidade de Gotemburgo (Suécia) é aquela que possui mais linhagens de células tronco aprovadas, um total de 19.
Segundo as regras definidas pelo executivo norte-americano, as linhagens têm de ter sido obtidas a partir de embriões humanos antes de 9 de agosto, data em que foi aprovada a lei que regulamenta este tipo de pesquisa.
Além disso, o embrião utilizado não poderia ter hipóteses de se desenvolver, como é o caso dos embriões excedentes que existem nas clínicas de fertilidade.
As células estaminais embrionárias são os blocos básicos de construção do corpo. Formam-se nos primeiros dias da concepção e são as células primitivas a partir das quais se desenvolvem todos os órgãos e outras células do corpo.
Os cientistas acreditam que a pesquisa neste campo pode permitir a utilização destas células para substituir ou renovar órgãos doentes, tratando doenças como as de coração, lesões na espinal medula, diabetes ou doença de Parkinson.
Muitos cientistas afirmam que o número limitado de linhagens na lista pode dificultar este campo emergente de pesquisa porque vai restringir a variedade genética de células disponíveis.
Leia mais notícias da Agência Lusa
Cientistas dos EUA fogem de restrições com células-tronco
da Agência LusaUma fundação norte-americana vai investir milhões de dólares na pesquisa sobre células-tronco na Suécia e poderá ser seguida por vários pesquisadores e laboratórios se persistirem as normas em vigor nos Estados Unidos.
"Poderemos vir a acolher muitos cientistas norte-americanos na Europa", afirmou hoje a secretária do Departamento de Assuntos Sociais e Humanos do Conselho Sueco (VR) para a Pesquisa, Harriet Wallberg Henriksson, durante uma conferência de imprensa.
A Fundação Norte-Americana para a Pesquisa sobre a Diabetes dos Jovens (JDRF, sigla em inglês) vai contribuir com uma verba de US$ 4,9 milhões para o programa quinquenal de financiamento da pesquisa sobre células-tronco ou estaminais, apresentado hoje pelo VR.
Este investimento é duas vezes superior às contribuições acumuladas pelo VR e pelo Fundo destinado à pesquisa da federação sueca para a diabetes.
Para Harriet Wallberg Henriksson, a oposição à pesquisa sobre células-tronco embrionária ganhou força depois de agosto de 2001, quando George W. Bush fixou as regras éticas para a pesquisa com células-tronco embrionárias.
O presidente norte-americano fixou o dia 9 de agosto de 2001 como data limite de destruição de embriões para fornecer as linhagens de células-tronco passíveis de serem financiadas por fundos públicos.
As linhagens de células estaminais embrionárias aprovadas para pesquisa financiada por fundos federais norte-americanos são agora 72.
O Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos divulgou na Internet (http://www.nih.gov) uma lista das linhagens aprovadas, que designou como "registo das células estaminais humanas embrionárias".
O registo faz parte de um sistema estabelecido pela administração Bush depois de os planos de pesquisa nesta área terem dado origem a acesos debates entre alguns grupos científicos e organizações religiosas conservadoras.
De acordo com as regras definidas, os cientistas que queiram candidatar-se a uma bolsa governamental para estudar as células estaminais embrionárias têm de selecionar uma das linhagens que conste do registo.
O NIH listou 11 entidades internacionais que possuem linhagens de células que obedecem aos critérios definidos por George W. Bush para obter fundos federais.
A Universidade de Gotemburgo (Suécia) é aquela que possui mais linhagens de células tronco aprovadas, um total de 19.
Segundo as regras definidas pelo executivo norte-americano, as linhagens têm de ter sido obtidas a partir de embriões humanos antes de 9 de agosto, data em que foi aprovada a lei que regulamenta este tipo de pesquisa.
Além disso, o embrião utilizado não poderia ter hipóteses de se desenvolver, como é o caso dos embriões excedentes que existem nas clínicas de fertilidade.
As células estaminais embrionárias são os blocos básicos de construção do corpo. Formam-se nos primeiros dias da concepção e são as células primitivas a partir das quais se desenvolvem todos os órgãos e outras células do corpo.
Os cientistas acreditam que a pesquisa neste campo pode permitir a utilização destas células para substituir ou renovar órgãos doentes, tratando doenças como as de coração, lesões na espinal medula, diabetes ou doença de Parkinson.
Muitos cientistas afirmam que o número limitado de linhagens na lista pode dificultar este campo emergente de pesquisa porque vai restringir a variedade genética de células disponíveis.
Leia mais notícias da Agência Lusa
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