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06/04/2002 - 10h57

"Estamos prontos para clonar o homem", diz médico italiano

da Folha Online

"Clonaremos o homem para dar filhos aos casais com grave problema de esterilidade. Não podemos dizer onde faremos por segurança", afirmou o ginecologista italiano Severino Antinori, segundo informa o jornal italiano "Corriere della Sera.

Segundo Antinori, somente na Itália há 50 casais dispostos à clonagem. As críticas ao médico italiano são cada vez mais fortes. A Ordem dos Médicos, na Itália, afirma que é "preciso pará-lo".

Primeiro clone
De acordo com a revista científica "New Scientist", uma mulher está grávida há oito semanas de um clone criado pelo cientista italiano Severino Antinori, que lidera um projeto de clonagem humana com fins reprodutivos.

"Um entre milhares de casais inférteis do programa [de clonagem reprodutiva] está na oitava semana de gravidez", disse Antinori em um encontro nos Emirados Árabes Unidos. Se a informação for verdadeira, este seria o primeiro caso de uma gravidez de clone.

Cerca de 5.000 casais, inclusive brasileiros, estão inscritos no polêmico projeto de reprodução de Antinori e do bioquímico aposentado Panayiotis Zavos, cipriota naturalizado americano. A dupla foi proibida de conduzir seu experimento na maioria dos países da União Européia. Segundo Zavos, isso não estaria impedindo o progresso da tentativa de fazer uma espécie de cópia [clone] de um ser humano. No ano passado, ambos anunciaram que um bebê clonado nasceria em 2002.

Antinori é médico, proprietário de uma clínica de fertilidade na Itália e gosta de aparecer na imprensa. Já ganhou manchetes fazendo uma mulher de 62 anos dar à luz. Zavos já foi um cientista. Mas trocou a universidade pelo cargo de executivo de laboratórios biológicos no Kentucky.

Em novembro passado, o tema clonagem já havia causado polêmica quando um grupo de médicos e cientistas norte-americanos do Advanced Cell Technology (ACT, ou "Tecnologia Celular Avançada") anunciou haver conseguido, pela primeira vez na história, clonar um embrião humano a partir da fusão de uma única célula adulta com um óvulo.

O objetivo dos cientistas da ACT, como o da maioria dos cientistas que trabalham nessa área, não é a clonagem de um ser humano, mas o desenvolvimento de embriões até o estágio em que possam fornecer as células-tronco, capazes de se transformar nos vários órgãos do corpo humano. Para tal, basta que o conjunto de células chegue a formar um blastocisto, embrião com algumas centenas de células.

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