Publicidade
Publicidade
10/04/2002
-
02h32
Os países detentores da maior parte da biodiversidade do planeta, entre os quais o Brasil, estão pressionando uma conferência das Nações Unidas a criar um mecanismo internacional de proteção de florestas.
O acordo seria uma tábua de salvação da COP-6 (Sexta Conferência das Partes) da Convenção da Biodiversidade, criada durante a Eco-92, no Rio de Janeiro. A conferência, iniciada no último domingo em Haia, Holanda, deveria impulsionar a implementação da convenção. Mas luta contra uma agenda extensa demais e corre o risco de acabar sem decisões relevantes.
Entre os principais temas a serem discutidos estão as espécies invasoras e a divisão dos benefícios pelo uso de recursos genéticos pertencentes a países pobres e comunidades tradicionais.
No entanto, a decisão de repartir grandes somas de dinheiro de royalties não agrada nem um pouco às multinacionais farmacêuticas, o que pode dificultar a aprovação de um acordo legal, segundo o diretor do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Klaus Töpfer.
O chamado grupo dos países megadiversos (como Brasil, México, China, Peru, Colômbia e Indonésia), que detêm 70% da diversidade biológica do planeta, criado em fevereiro, estréia na COP-6 insistindo para que o acordo sobre biodiversidade florestal contemple, além de conservação, uso sustentável e divisão de recursos.
"Este é um momento em que a convenção pode passar à implementação ou enfraquecer de vez", disse Nurit Bensusan, do ISA (Instituto Socioambiental), que acompanha o encontro.
O Brasil, que sediou a Eco-92 e tem sido alvo de pressões de ambientalistas para assumir a liderança nas discussões sobre florestas, está propondo iniciativas como uma estratégia global de conservação de plantas. "Precisamos trabalhar com metas [de conservação] e solicitar cooperação do Primeiro Mundo", disse à Folha Bráulio Dias, diretor de Biodiversidade do MMA (Ministério do Meio Ambiente).
Outra proposta brasileira à conferência é a criação de corredores ecológicos em áreas agrícolas para reverter a perda de polinizadores, como pássaros e insetos. "A idéia é incorporar à agricultura um serviço ambiental [a polinização das plantas de interesse agrícola] e aproximar o setor agrícola ao de conservação", afirmou Dias.
Brasil pressiona ONU por acordo para proteção de florestas
da Folha de S.PauloOs países detentores da maior parte da biodiversidade do planeta, entre os quais o Brasil, estão pressionando uma conferência das Nações Unidas a criar um mecanismo internacional de proteção de florestas.
O acordo seria uma tábua de salvação da COP-6 (Sexta Conferência das Partes) da Convenção da Biodiversidade, criada durante a Eco-92, no Rio de Janeiro. A conferência, iniciada no último domingo em Haia, Holanda, deveria impulsionar a implementação da convenção. Mas luta contra uma agenda extensa demais e corre o risco de acabar sem decisões relevantes.
Entre os principais temas a serem discutidos estão as espécies invasoras e a divisão dos benefícios pelo uso de recursos genéticos pertencentes a países pobres e comunidades tradicionais.
No entanto, a decisão de repartir grandes somas de dinheiro de royalties não agrada nem um pouco às multinacionais farmacêuticas, o que pode dificultar a aprovação de um acordo legal, segundo o diretor do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Klaus Töpfer.
O chamado grupo dos países megadiversos (como Brasil, México, China, Peru, Colômbia e Indonésia), que detêm 70% da diversidade biológica do planeta, criado em fevereiro, estréia na COP-6 insistindo para que o acordo sobre biodiversidade florestal contemple, além de conservação, uso sustentável e divisão de recursos.
"Este é um momento em que a convenção pode passar à implementação ou enfraquecer de vez", disse Nurit Bensusan, do ISA (Instituto Socioambiental), que acompanha o encontro.
O Brasil, que sediou a Eco-92 e tem sido alvo de pressões de ambientalistas para assumir a liderança nas discussões sobre florestas, está propondo iniciativas como uma estratégia global de conservação de plantas. "Precisamos trabalhar com metas [de conservação] e solicitar cooperação do Primeiro Mundo", disse à Folha Bráulio Dias, diretor de Biodiversidade do MMA (Ministério do Meio Ambiente).
Outra proposta brasileira à conferência é a criação de corredores ecológicos em áreas agrícolas para reverter a perda de polinizadores, como pássaros e insetos. "A idéia é incorporar à agricultura um serviço ambiental [a polinização das plantas de interesse agrícola] e aproximar o setor agrícola ao de conservação", afirmou Dias.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice