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16/10/2000 - 09h33

Estudo busca razões para a síndrome da morte súbita em bebês

das agências internacionais

Os bebês devem dormir de costas, aconselharam os pediatras durante anos. Assim, acreditavam, era possível prevenir a síndrome da morte súbita.

Agora, cientistas dizem que estão perto de entender qual é a verdadeira importância da posição do bebê durante o sono.

Essa síndrome é um tipo de morte que acontece repentinamente e de maneira misteriosa com crianças com menos de um ano de idade. A causa ainda é desconhecida, mas deixá-las dormir de bruços é um fator de risco a ser considerado.

Virender Rehan e seus colegas do Memorial Hospital of Rhode Island, nos Estados Unidos, usaram exames de ultra-som para examinar o diafragma músculo localizado entre o peito e o abdômen, fundamental para a respiração em 16 crianças adormecidas.

O exame foi feito com os pacientes deitados de bruços e de costas. Também foram examinadas as batidas no coração, a taxa de oxigênio no sangue e a frequência respiratória.

A pesquisa, publicada na revista americana Archives of Disease in Childhood, constatou que quando as crianças estão deitadas de bruços, seus diafragmas ficam menores em determinados momentos da respiração.

Essa mudança deixa o músculo mais fraco e menos eficiente o que, segundo os médicos, prejudica a habilidade das crianças de reagir a estresses respiratórios.

As mortes por síndrome da morte súbita nos Estados Unidos caíram cerca de 40% desde o início dos anos 90, quando foi feita uma campanha para que os pais não deitassem seus filhos de bruços na hora de dormir.

Outros quadros que aumentam os riscos são: dormir sob superfície macias, mães que fumam durante a gravidez, nascimentos prematuros e recém-nascidos com pouco peso.

Para Robert Johnson, médico da Mayo Clinic, na cidade americana de Rochester, a pesquisa mostra claramente que a posição dos bebês durante o sono afeta a respiração, mas alerta para a necessidade de se realizar mais estudos.

"Ainda estamos longe de saber porque dormir de costas é mais seguro, já que a síndrome não parece se restringir a um problema de anormalidades respiratórias", diz Johnson.

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