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20/06/2002 - 18h19

Cientistas anunciam avanços em pesquisas com células-tronco

da France Presse, em Aris (EUA)

Dois times de cientistas norte-americanos anunciaram hoje que obtiveram importantes avanços em pesquisas com células-tronco. Suas pesquisas serão divulgadas amanhã, na revista "Nature".

As células-tronco, principalmente as embrionárias, têm a capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de célula. Os cientistas esperam produzir esses tecidos em laboratório e então transplantá-los, curando diversas doenças, como o câncer.

No Instituto Nacional de Desordens Neurológicas e Derrames em Bethesda, Maryland, Ron McKay e seus colegas usaram células-tronco embrionárias de ratos para tratar o mal de Parkinson, doença neurológica degenerativa que afeta os movimentos da pessoa e provoca alterações na fala e na escrita.

Os pesquisas cultivaram uma grande quantidade de neurônios - células cerebrais - que produzem dopamina, um elemento químico deficiente em pacientes de Parkinson. Os neurônios foram então transplantados para ratos e funcionaram normalmente - fornecendo, inclusive, uma melhora de rendimento em testes de comportamento.

"Nossos resultados justificam o estudo contínuo dos benefícios terapêuticos que se derivam do uso de células-tronco embrionárias, com o objetivo final de se aplicar com sucesso tratamentos de doenças neurológicas e psiquiátricas", escreveram os cientistas.

No outro estudo, pesquisadores da Universidade de Minnesota, liderados pela cientista Catherine Verfaillie, obtiveram células de medula óssea de ratos em laboratório.

De acordo com a pesquisa, mesmo que a população celular dobre mais de cem vezes, a colônia não mostrou sinais de desgaste genético e produziu telomerase, uma enzima encontrada em células-tronco embrionárias que previne o envelhecimento.

As novas células foram então injetadas em um blastócito - estágio embrionário inicial - de rato e, de acordo com Verfaillie, apresentou diferenças mínimas que as células de medula já existentes. "Alguns dos animais têm 40% de suas células de medula óssea derivadas de células-tronco", explicou a cientista.

Nos últimos meses, a comunidade científica tem recebido críticas quanto ao uso de células-tronco. Alguns especialistas suspeitam que as células-tronco simplesmente se fundem a outras células, em vez de realmente serem reprogramadas geneticamente.

Mas Verfaillie afirma que as células nas quais trabalhou nunca foram co-cultivadas - a transformação ocorreu com elementos químicos retirados das células originais de medula óssea.
 

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