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20/06/2002
-
22h02
Os limites do conhecimento científico sobre a origem do cosmo e a validade dos mitos como formas de explicá-la foram discutidos no último dia 27 no programa "A Cosmologia", da série "Diálogos Impertinentes". O debate teve a participação do físico Rogério Rosenfeld, do IFT (Instituto de Física Teórica) da Unesp, e da antropóloga Lúcia Helena Rangel, da PUC-SP.
Rosenfeld disse que a física não consegue explicar a origem do Universo. "Nós não temos uma teoria para a origem", afirmou. "Temos um modelo padrão para a cosmologia". E, ainda assim, esse modelo, derivado da teoria do Big Bang, não é capaz de dizer com precisão o que aconteceu nos três primeiros minutos após a suposta explosão primordial, ocorrida há 14 bilhões de anos.
No entanto, ressaltou o físico, o Big Bang, com todos os seus problemas, tem sido capaz de fazer previsões com um alto grau de acerto sobre o estado atual e a evolução do Universo.
"Nós não queremos chegar num mito. Queremos fazer previsões. A ciência precisa ser verificável", afirmou Rosenfeld.
Para Lúcia Helena Rangel, os mitos de criação do que ela chama de "povos antigos", como os grupos indígenas, podem ser tão válidos quanto o conhecimento científico. "Uma parte da investigação cosmológica tem um papel na inserção dessa comunidade no mundo", disse a antropóloga.
A série "Diálogos Impertinentes" é promovida pela Folha, pela PUC-SP e pelo Sesc.
Ciência tem limite para entender origem do Universo, afirma físico
da Folha de S.PauloOs limites do conhecimento científico sobre a origem do cosmo e a validade dos mitos como formas de explicá-la foram discutidos no último dia 27 no programa "A Cosmologia", da série "Diálogos Impertinentes". O debate teve a participação do físico Rogério Rosenfeld, do IFT (Instituto de Física Teórica) da Unesp, e da antropóloga Lúcia Helena Rangel, da PUC-SP.
Rosenfeld disse que a física não consegue explicar a origem do Universo. "Nós não temos uma teoria para a origem", afirmou. "Temos um modelo padrão para a cosmologia". E, ainda assim, esse modelo, derivado da teoria do Big Bang, não é capaz de dizer com precisão o que aconteceu nos três primeiros minutos após a suposta explosão primordial, ocorrida há 14 bilhões de anos.
No entanto, ressaltou o físico, o Big Bang, com todos os seus problemas, tem sido capaz de fazer previsões com um alto grau de acerto sobre o estado atual e a evolução do Universo.
"Nós não queremos chegar num mito. Queremos fazer previsões. A ciência precisa ser verificável", afirmou Rosenfeld.
Para Lúcia Helena Rangel, os mitos de criação do que ela chama de "povos antigos", como os grupos indígenas, podem ser tão válidos quanto o conhecimento científico. "Uma parte da investigação cosmológica tem um papel na inserção dessa comunidade no mundo", disse a antropóloga.
A série "Diálogos Impertinentes" é promovida pela Folha, pela PUC-SP e pelo Sesc.
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