Publicidade
Publicidade
19/10/2000
-
07h28
O gorgulho que ataca o feijão tem uma vida sexual violenta e "machista", segundo pesquisa feita no Reino Unido com insetos do Brasil, Benin e Índia.
O macho tem um "pênis" com a ponta espinhosa, o chamado "órgão intromitente", que causa ferimentos na genitália da fêmea durante o ato sexual, a ponto de ela tentar se livrar dele chutando-o com as patas traseiras.
"Nós acreditamos que, ao ferir as fêmeas, os machos asseguram que elas passem mais tempo antes de fazer sexo de novo -portanto aumentando o tempo disponível para fertilizar os óvulos com seu esperma", disse à Folha um dos autores do estudo, Mike Siva-Jothy, da Universidade de Sheffield. Ele e sua colega Helen Crudgington publicaram artigo na "Nature" de hoje.
Eles usaram nitrogênio líquido para congelar os gorgulhos durante o ato. Depois de dissecá-los, descobriram o dano provocado pelo pênis espinhoso.
Amputando as patas das fêmeas, observaram que o ato sexual durava mais do que quando elas eram capazes de chutar o macho -em média 14,4 minutos contra 9,8 minutos.
Machos e fêmeas como os gorgulhos da espécie Callosobruchus maculatus vivem uma espécie de corrida armamentista reprodutiva, comportamento explicado pela seleção sexual.
Machos podem aumentar o número de filhotes ao fazer sexo com várias fêmeas, pois produzem uma grande quantidade de esperma, enquanto elas têm um número menor de óvulos.
"Por causa disso, a seleção sexual favorece traços nos machos que aumentem as suas chances de fertilizar mais óvulos."
Os pesquisadores descobriram que as fêmeas que fazem sexo mais de uma
vez -e são de novo feridas- morrem mais cedo. "A fêmea traduz o dano em morte precoce", diz Siva-Jothy.
(RBN)
Leia mais notícias de Ilustrada na Folha Online
Inseto machuca a fêmea durante cópula para garantir "fidelidade"
da Folha de S.PauloO gorgulho que ataca o feijão tem uma vida sexual violenta e "machista", segundo pesquisa feita no Reino Unido com insetos do Brasil, Benin e Índia.
O macho tem um "pênis" com a ponta espinhosa, o chamado "órgão intromitente", que causa ferimentos na genitália da fêmea durante o ato sexual, a ponto de ela tentar se livrar dele chutando-o com as patas traseiras.
"Nós acreditamos que, ao ferir as fêmeas, os machos asseguram que elas passem mais tempo antes de fazer sexo de novo -portanto aumentando o tempo disponível para fertilizar os óvulos com seu esperma", disse à Folha um dos autores do estudo, Mike Siva-Jothy, da Universidade de Sheffield. Ele e sua colega Helen Crudgington publicaram artigo na "Nature" de hoje.
Eles usaram nitrogênio líquido para congelar os gorgulhos durante o ato. Depois de dissecá-los, descobriram o dano provocado pelo pênis espinhoso.
Amputando as patas das fêmeas, observaram que o ato sexual durava mais do que quando elas eram capazes de chutar o macho -em média 14,4 minutos contra 9,8 minutos.
Machos e fêmeas como os gorgulhos da espécie Callosobruchus maculatus vivem uma espécie de corrida armamentista reprodutiva, comportamento explicado pela seleção sexual.
Machos podem aumentar o número de filhotes ao fazer sexo com várias fêmeas, pois produzem uma grande quantidade de esperma, enquanto elas têm um número menor de óvulos.
"Por causa disso, a seleção sexual favorece traços nos machos que aumentem as suas chances de fertilizar mais óvulos."
Os pesquisadores descobriram que as fêmeas que fazem sexo mais de uma
vez -e são de novo feridas- morrem mais cedo. "A fêmea traduz o dano em morte precoce", diz Siva-Jothy.
(RBN)
Leia mais notícias de Ilustrada na Folha Online
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice