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22/08/2002
-
12h54
da Folha Online, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso participará da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio +10), em Johannesburgo (África do Sul), e assinará um acordo com o governo alemão que beneficiará o Pró-Álcool (projeto que concede incentivos à agroindústria da cana-de-açúcar).
A informação é do ministro Celso Lafer (Relações Exteriores), que destacou hoje que o acordo é permitido pelo Protocolo de Kyoto.
O acordo consistirá no investimento pelo governo alemão na produção de cerca de 100 mil carros a álcool no Brasil. Em troca, a Alemanha vai ganhar uma cota maior de emissão de gases poluentes.
Na prática, o projeto vai permitir que os alemães comprem do Brasil uma cota do direito de poluir o ambiente. Em termos econômicos, o Brasil ganha com o negócio porque aumenta a viabilidade do projeto do governo de reativar a indústria do álcool como combustível.
A vantagem da Alemanha é que, ao estimularem outros países a reduzirem sua emissão de gás, os países ricos ganham créditos que servem para aliviar a meta de redução de CO2, conforme prevê o protocolo de Kyoto.
Como país em desenvolvimento, o Brasil não tem meta para reduzir a emissão de CO2, ao contrário dos países desenvolvidos. Mas sua economia na emissão do gás pode ser negociada com países que possuem metas, uma forma de comércio de carbono.
Lafer disse a conferência em Johannesburgo será complicada porque envolve interesses divergentes. Mas o ministro está certo de que haverá entendimento.
Sobre a ausência do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao encontro, Lafer declarou que isso não significa que os EUA não considerem importante a Rio +10. Lafer ressaltou que os EUA estarão bem representados pelo secretário de Estado, Colin Powell.
O ministro disse que, pelo menos, 70 chefes de Estado deverão participar do encontro e que os demais enviarão representantes.
Leia mais no especial Rio +10
FHC irá à Rio +10 e assinará acordo sobre Pró-Álcool com Alemanha
SANDRA MANFRINIda Folha Online, em Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso participará da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio +10), em Johannesburgo (África do Sul), e assinará um acordo com o governo alemão que beneficiará o Pró-Álcool (projeto que concede incentivos à agroindústria da cana-de-açúcar).
A informação é do ministro Celso Lafer (Relações Exteriores), que destacou hoje que o acordo é permitido pelo Protocolo de Kyoto.
O acordo consistirá no investimento pelo governo alemão na produção de cerca de 100 mil carros a álcool no Brasil. Em troca, a Alemanha vai ganhar uma cota maior de emissão de gases poluentes.
Na prática, o projeto vai permitir que os alemães comprem do Brasil uma cota do direito de poluir o ambiente. Em termos econômicos, o Brasil ganha com o negócio porque aumenta a viabilidade do projeto do governo de reativar a indústria do álcool como combustível.
A vantagem da Alemanha é que, ao estimularem outros países a reduzirem sua emissão de gás, os países ricos ganham créditos que servem para aliviar a meta de redução de CO2, conforme prevê o protocolo de Kyoto.
Como país em desenvolvimento, o Brasil não tem meta para reduzir a emissão de CO2, ao contrário dos países desenvolvidos. Mas sua economia na emissão do gás pode ser negociada com países que possuem metas, uma forma de comércio de carbono.
Lafer disse a conferência em Johannesburgo será complicada porque envolve interesses divergentes. Mas o ministro está certo de que haverá entendimento.
Sobre a ausência do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao encontro, Lafer declarou que isso não significa que os EUA não considerem importante a Rio +10. Lafer ressaltou que os EUA estarão bem representados pelo secretário de Estado, Colin Powell.
O ministro disse que, pelo menos, 70 chefes de Estado deverão participar do encontro e que os demais enviarão representantes.
Leia mais no especial Rio +10
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