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03/09/2002
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15h34
O ministro cubano das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, propôs a criação de taxas para erradicar progressivamente a pobreza e culpou os Estados Unidos e o FMI (Fundo Monetário Internacional) pela miséria e a desigualdade existentes no mundo.
"Cuba propõe um imposto de 0,1% sobre todas as transações financeiras, que significaria US$ 400 bilhões adicionais, além de orientar a dívida externa dos países pobres ou dedicar 50% dos gastos militares a um fundo da ONU para o desenvolvimento o que representaria outros US$ 400 bilhões", que seriam mais da metade concedidos por Estados Unidos, disse Pérez Roque.
O chanceler cubano afimrou que há dez anos, durante a Eco-92, no Rio de Janeiro, o presidente de Cuba, Fidel Castro, declarou que uma espécie estava a ponto de desaparecer da face da Terra _"o homem".
Fidel defendeu na ocasião uma melhor distribuição da riqueza: "Menos luxo e desperdício no primeiro mundo e menos fome no resto do planeta".
"Naquela ocasião Castro recordou que já não havia pretexto para a guerra fria nem para gastos militares e que este dinheiro deveria ser canalizado, então, para combater a ameaça de destruição do planeta", disse Pérez Roque.
Segundo o chanceler, o líder cubano não pôde comparecer à Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Johannesburgo (África do Sul), por estar ocupado "em preservar a revolução e garantir a independência do país, ante o bloqueio decretado pelos Estados Unidos".
Segundo Pérez Roque, o povo cubano quer denunciar que nos últimos dez anos não houve quase nenhum resultado: "O Protocolo de Kyoto naufraga vítima de um boicote, as emissões de dióxido de carbono aumentam e 15 milhões de hectares de florestas desaparecem a cada ano".
Para o governo cubano, o FMI foi o instrumento para impor o neoliberalismo no mundo: "Os ricos não abriram suas economias nem eliminaram seus subsídios e nós, pobres, não soubemos nos unir".
Leia mais no especial Rio +10
Chanceler cubano propõe imposto contra a pobreza
da France Presse, em Johannesburgo (África do Sul)O ministro cubano das Relações Exteriores, Felipe Pérez Roque, propôs a criação de taxas para erradicar progressivamente a pobreza e culpou os Estados Unidos e o FMI (Fundo Monetário Internacional) pela miséria e a desigualdade existentes no mundo.
"Cuba propõe um imposto de 0,1% sobre todas as transações financeiras, que significaria US$ 400 bilhões adicionais, além de orientar a dívida externa dos países pobres ou dedicar 50% dos gastos militares a um fundo da ONU para o desenvolvimento o que representaria outros US$ 400 bilhões", que seriam mais da metade concedidos por Estados Unidos, disse Pérez Roque.
O chanceler cubano afimrou que há dez anos, durante a Eco-92, no Rio de Janeiro, o presidente de Cuba, Fidel Castro, declarou que uma espécie estava a ponto de desaparecer da face da Terra _"o homem".
Fidel defendeu na ocasião uma melhor distribuição da riqueza: "Menos luxo e desperdício no primeiro mundo e menos fome no resto do planeta".
"Naquela ocasião Castro recordou que já não havia pretexto para a guerra fria nem para gastos militares e que este dinheiro deveria ser canalizado, então, para combater a ameaça de destruição do planeta", disse Pérez Roque.
Segundo o chanceler, o líder cubano não pôde comparecer à Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Johannesburgo (África do Sul), por estar ocupado "em preservar a revolução e garantir a independência do país, ante o bloqueio decretado pelos Estados Unidos".
Segundo Pérez Roque, o povo cubano quer denunciar que nos últimos dez anos não houve quase nenhum resultado: "O Protocolo de Kyoto naufraga vítima de um boicote, as emissões de dióxido de carbono aumentam e 15 milhões de hectares de florestas desaparecem a cada ano".
Para o governo cubano, o FMI foi o instrumento para impor o neoliberalismo no mundo: "Os ricos não abriram suas economias nem eliminaram seus subsídios e nós, pobres, não soubemos nos unir".
Leia mais no especial Rio +10
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