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27/09/2002
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12h57
Dois pesquisadores da Nasa (agência espacial norte-americana) afirmam que partículas de fuligem e outros poluentes estão causando mudanças climáticas drásticas na China.
Em um estudo publicado na edição de hoje da revista "Science", Surabi Menon e James Hansen indicaram que o material pode afetar o clima regional absorvendo luz solar, esquentando a atmosfera e então alterando em grande escala a circulação atmosférica e o ciclo hidrológico. Isso poderia explicar as últimas enchentes que atingiram o sul do país e a seca no nordeste.
Usando um modelo de computador e dados de 46 estações climáticas da China, Menon e Hansen conduziram quatro simulações para monitorar os efeitos da fuligem.
Nos testes, eles isolaram fatores diversos, como temperatura da superfície oceânica, gases que causam o efeito estufa e aerossóis, e analisaram se eles seriam responsáveis pela mudança do ciclo hidrológico. Nos quatro modelos, os efeitos da fuligem foram determinantes.
"Se a nossa interpretação estiver correta, reduzir a quantidade de fuligem na atmosfera pode ajudar a diminuir a intensidade das enchentes no sul e seca no nordeste da China", disse Hansen. Uma pesquisa similar está sendo conduzida para verificar o padrão na Índia.
A fuligem é gerada pela combustão incompleta de biomassa, em especial de carvão, lenha e diesel, e pelo processo industrial. Sua emissão é alta nos dois países, pois é comum cozinhar e esquentar ambientes com lenha, estrume e carvão, em uma temperatura baixa que não permite a combustão completa.
Fuligem contribui para seca e enchentes da China
da Folha OnlineDois pesquisadores da Nasa (agência espacial norte-americana) afirmam que partículas de fuligem e outros poluentes estão causando mudanças climáticas drásticas na China.
Em um estudo publicado na edição de hoje da revista "Science", Surabi Menon e James Hansen indicaram que o material pode afetar o clima regional absorvendo luz solar, esquentando a atmosfera e então alterando em grande escala a circulação atmosférica e o ciclo hidrológico. Isso poderia explicar as últimas enchentes que atingiram o sul do país e a seca no nordeste.
Usando um modelo de computador e dados de 46 estações climáticas da China, Menon e Hansen conduziram quatro simulações para monitorar os efeitos da fuligem.
Nos testes, eles isolaram fatores diversos, como temperatura da superfície oceânica, gases que causam o efeito estufa e aerossóis, e analisaram se eles seriam responsáveis pela mudança do ciclo hidrológico. Nos quatro modelos, os efeitos da fuligem foram determinantes.
"Se a nossa interpretação estiver correta, reduzir a quantidade de fuligem na atmosfera pode ajudar a diminuir a intensidade das enchentes no sul e seca no nordeste da China", disse Hansen. Uma pesquisa similar está sendo conduzida para verificar o padrão na Índia.
A fuligem é gerada pela combustão incompleta de biomassa, em especial de carvão, lenha e diesel, e pelo processo industrial. Sua emissão é alta nos dois países, pois é comum cozinhar e esquentar ambientes com lenha, estrume e carvão, em uma temperatura baixa que não permite a combustão completa.
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