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08/10/2002 - 16h41

História do descobrimento da Austrália pode ser reescrita

da Folha Online

O professor de história e arqueólogo Greg Jefferys anunciou hoje a descoberta de restos de um navio de guerra português ou espanhol enterrados em uma praia da Austrália. Os achados datam de 200 anos antes da chegada do capitão James Cook ao continente.

Jefferys seguiu histórias de aborígenes, que contam a chegada de homens brancos na região, e em um dia achou o sítio arqueológico.

"Sabíamos que haveria canhões no navio", disse o arqueólogo Jefferys. "Esperávamos conseguir achar alguns sinais do canhão, mas ele estava realmente incrustado na praia, coberto por areia e ferrugem."

Fotografias do canhão foram enviadas a especialistas, que tentam descobrir com certeza sua origem. "O canhão definitivamente não é inglês. Nós conhecemos o estilo da maioria dos canhões ingleses, então estamos procurando um navio europeu -provavelmente de 1650 mais ou menos", explicou.

Se for confirmada a origem portuguesa, a história australiana será repensada. "No momento, a história australiana é anglo-saxônica. Não não citamos o fato que os espanhóis e os portugueses estavam no Pacífico 200 anos antes de Cook. Todos sabem disso, mas é raramente citado nos livros de história", disse o arqueólogo.

Os livros de história chegam a mencionar o navegador espanhol Luis Vaez de Torres, que fez uma jornada ao redor do norte da Austrália no começo do século 17. Porém, o crédito da descoberta ficou com Cook, que aportou na baía Botany por volta de 1770.

Os portugueses eram grandes navegadores, mas a maioria dos seus registros, como mapas, foram destruídos em um terremoto que atingiu Lisboa em 1755.

Com agências internacionais
 

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