Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/10/2002 - 11h42

Biblioteca de Alexandria é reinaugurada hoje no Egito

da France Presse, em Alexandria (Egito)

Personalidades do mundo inteiro chegaram hoje ao Egito para participar da reinauguração da Biblioteca da Alexandria, que tem a ambição de virar um centro mundial de cultura, 16 séculos depois de seu desaparecimento.

Os presidentes da Grécia, Costis Stephanopoulos, e da Romênia, Ion Iliescu, já se encontram em Alexandria, enquanto o presidente francês, Jacques Chirac, é esperado na tarde de hoje, assim como as rainhas Sofia, da Espanha, e Rânia, da Jordânia.

Muitas outras personalidades políticas, assim como escritores e intelectuais, entre os quais 14 Prêmios Nobel procedentes de todo o mundo, assistirão à reinauguração da biblioteca pelo presidente egípcio, Hosni Mubarak.

Um impressionante dispositivo de segurança foi mobilizado nos arredores do prédio. As autoridades praticamente declararam feriado na cidade.

A biblioteca se encontra na costa da Alexandria, próximo ao local onde a antiga se erguia. Na fachada do edifício, foram gravadas letras dos alfabetos do mundo todo.

Um disco de vidro e concreto no teto representa o sol nascente e simboliza o caráter universal da civilização egípcia.

"A nova biblioteca quer ser a janela do Egito para o mundo e um centro de diálogo entre os povos e as civilizações", declarou seu diretor, Ismail Serageldin, em um comunicado.

Cerca de 240 mil livros já compõem o fundo da biblioteca, que prevê reunir 8 milhões de volumes em um prazo de cinco anos. A sala de leitura do prédio é considerada a maior do mundo.

"Nenhum livro será proibido e não haverá censura, já que a biblioteca simboliza o pensamento mundial", declarou Nahed Ismail, funcionário da assessoria de imprensa.

O custo da construção foi de US$ 225 milhões, financiados pelo Egito, vários outros países árabes e europeus, a Unesco (órgão das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O projeto foi alvo de inúmeras críticas, em particular de arqueólogos, que acusaram os construtores de não terem realizado escavações no local, quando se sabe que nele se erguia um palácio tolemaico (323 a.C.).

A biblioteca, várias vezes incendiada, foi a primeira grande biblioteca pública da história, com mais de 700 mil papiros.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página