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28/10/2002 - 16h50

Células-tronco modificadas suportam quimioterapia, mostra estudo

da Folha Online

Uma nova técnica usando células-tronco modificadas geneticamente pode aumentar a resistência de pacientes com leucemia e linforma à quimioterapia.

O médico Raj Chopra, da Universidade de Manchester, mostrou os resultados preliminares de sua pesquisa hoje, em uma conferência sobre câncer na Inglaterra.

"Nosso novo sistema, o qual chamamos de quimioproteção genética, previne que células-tronco doadas não sejam danificadas pela quimioterapia, o que nos permite usar doses mais altas (de drogas) do que antes", explicou.

"A resposta imunológica é totalmente gerada pelas células transplantadas", afirmou Chopra. Apesar de uma conclusão sobre a eficácia e a segurança da técnica estar distante, o médico acredita que o tratamento poderia dobrar a efetividade da quimioterapia.

Mais resistência
Os transplantes de células-tronco já têm sido usados para tratar o câncer em pacientes que não respondem à terapia tradicional.

Normalmente, elas são transplantadas para que o paciente produza resposta imunológica contra a doença. Porém, quando é necessária a aplicação de altas doses de quimioterapia, tanto as células cancerosas quanto as transplantadas morrem.

Para resolver o problema, Chopra e o médico Lez Fairbairn isolaram células-tronco, cultivaram-nas em laboratório e usaram um vírus inócuo, chamado Atase, para inserir um gene que as torna mais resistentes aos químicos.

Em estudos com camundongos, a quimioterapia matou as células cancerosas e muitas das células-tronco originais dos animais, mas as células transplantadas sobreviveram e fortaleceram o sistema imunológico. Com isso, o corpo respondeu, aumentando a proporção das células-tronco modificadas, as quais preencheram os espaços deixados pelas células destruídas.

As células-tronco têm a capacidade de se transformarem em qualquer outro tipo de célula humana. Sua capacidade tem sido alvo de estudos para o tratamento de diferentes doenças, como mal de Alzheimer, paralisia e problemas cardíacos, além do câncer.

Com agências internacionais
 

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