Publicidade
Publicidade
04/11/2002
-
09h20
da Folha de S.Paulo
É como uma recriação do clássico "Guerra dos Mundos", de H.G. Wells, só que com eventuais marcianos como vítimas. Num período de pouco mais de um mês, na virada de 2003 para 2004, cinco naves da Terra invadirão o planeta vermelho. A primeira a chegar será a européia Mars Express, para responder pergunta das mais difíceis: há ou não alguma vida lá?
Trata-se do esforço pioneiro do Velho Mundo na exploração de Marte. A missão é dupla, composta por uma sonda orbitadora (que dá nome ao projeto) e uma de superfície, a Beagle-2. "Os principais temas da Mars Express e da Beagle-2 são a busca por água e vida, com um radar subsuperficial e uma sonda de exobiologia e geoquímica", diz Agustin Chicarro, da ESA (Agência Espacial Européia), cientista-chefe do projeto.
Além da Mars Express, Marte também receberá a visita, no mesmo período, de dois Mars Exploration Rovers (pequenos robôs sobre rodas, similares ao Sojourner, que foi a Marte em 1997), o próximo passo no programa americano de exploração do planeta. Também chegará na mesma época a japonesa Nozomi, que foi lançada em 1998 e se perdeu no espaço antes de conseguir chegar.
Com a esquadra, que se junta às sondas Mars Global Surveyor (1997) e Mars Odyssey (2001), vai haver lugar para todos? A ESA diz que sim, ao menos para o Beagle-2. "Ele procura vida fazendo medições muito específicas. Os "rovers" da Nasa [agência espacial dos EUA" não estão equipados para fazer tais medições", diz Rudolf Schmidt, gerente do projeto.
Além de buscar vida em Marte como nenhuma sonda fez desde as duas Vikings, dos EUA, de 1976, a missão européia é a mais barata já empreendida ao planeta vermelho: US$ 175 milhões.
A Mars Express faz parte de um programa mais amplo de exploração científica do Sistema Solar, que inclui a Huygens (a caminho de Titã, lua de Saturno), a Smart-1 (que vai à Lua), a Venus Express (Vênus), a BepiColombo (Mercúrio) e a Rosetta (que vai estudar cometas). "Mas a Mars Express será a primeira a transmitir dados científicos", afirma Chicarro.
A empolgação com a missão na Europa é expressiva. Mas, se ela acabar falhando, a missão Venus Express, marcada para voar em 2005, poderia ser redirecionada para Marte, já que usa a mesma nave e mais da metade dos instrumentos da Mars Express. Há também um programa de longo prazo chamado Aurora, que atualmente investiga as possibilidades de estabelecer um programa sustentado de exploração de Marte.
Stardust
A Nasa anunciou que foi um sucesso a passagem da sonda Stardust pelo asteróide Annefrank, de 4 km. A uma velocidade de 25 mil km/h e a 3.000 km de distância, a Stardust registrou fotos do asteróide, numa espécie de treino para uma aproximação muito maior (160 km) com o cometa Wild-2, em janeiro de 2004.
UE, Japão e EUA preparam ataque a Marte
SALVADOR NOGUEIRAda Folha de S.Paulo
É como uma recriação do clássico "Guerra dos Mundos", de H.G. Wells, só que com eventuais marcianos como vítimas. Num período de pouco mais de um mês, na virada de 2003 para 2004, cinco naves da Terra invadirão o planeta vermelho. A primeira a chegar será a européia Mars Express, para responder pergunta das mais difíceis: há ou não alguma vida lá?
Trata-se do esforço pioneiro do Velho Mundo na exploração de Marte. A missão é dupla, composta por uma sonda orbitadora (que dá nome ao projeto) e uma de superfície, a Beagle-2. "Os principais temas da Mars Express e da Beagle-2 são a busca por água e vida, com um radar subsuperficial e uma sonda de exobiologia e geoquímica", diz Agustin Chicarro, da ESA (Agência Espacial Européia), cientista-chefe do projeto.
Além da Mars Express, Marte também receberá a visita, no mesmo período, de dois Mars Exploration Rovers (pequenos robôs sobre rodas, similares ao Sojourner, que foi a Marte em 1997), o próximo passo no programa americano de exploração do planeta. Também chegará na mesma época a japonesa Nozomi, que foi lançada em 1998 e se perdeu no espaço antes de conseguir chegar.
Com a esquadra, que se junta às sondas Mars Global Surveyor (1997) e Mars Odyssey (2001), vai haver lugar para todos? A ESA diz que sim, ao menos para o Beagle-2. "Ele procura vida fazendo medições muito específicas. Os "rovers" da Nasa [agência espacial dos EUA" não estão equipados para fazer tais medições", diz Rudolf Schmidt, gerente do projeto.
Além de buscar vida em Marte como nenhuma sonda fez desde as duas Vikings, dos EUA, de 1976, a missão européia é a mais barata já empreendida ao planeta vermelho: US$ 175 milhões.
A Mars Express faz parte de um programa mais amplo de exploração científica do Sistema Solar, que inclui a Huygens (a caminho de Titã, lua de Saturno), a Smart-1 (que vai à Lua), a Venus Express (Vênus), a BepiColombo (Mercúrio) e a Rosetta (que vai estudar cometas). "Mas a Mars Express será a primeira a transmitir dados científicos", afirma Chicarro.
A empolgação com a missão na Europa é expressiva. Mas, se ela acabar falhando, a missão Venus Express, marcada para voar em 2005, poderia ser redirecionada para Marte, já que usa a mesma nave e mais da metade dos instrumentos da Mars Express. Há também um programa de longo prazo chamado Aurora, que atualmente investiga as possibilidades de estabelecer um programa sustentado de exploração de Marte.
Stardust
A Nasa anunciou que foi um sucesso a passagem da sonda Stardust pelo asteróide Annefrank, de 4 km. A uma velocidade de 25 mil km/h e a 3.000 km de distância, a Stardust registrou fotos do asteróide, numa espécie de treino para uma aproximação muito maior (160 km) com o cometa Wild-2, em janeiro de 2004.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice